segunda-feira, 3 de maio de 2010

Alemanha quer assumir liderança do fabrico de carros a eletricidade

A Alemanha quer assumir a liderança do mercado de carros movidos a eletricidade, e já traçou como meta ter um milhão de veículos deste tipo até 2020, num congresso realizado hoje em Berlim para criar uma plataforma nacional.

Na conferência participaram, além da chanceler, Ângela Merkel, e vários ministros federais, representantes dos principais fabricantes automóveis e empresas energéticas do maior país da União Europeia.

O tema central dos debates incidiu sobre as novas tecnologias para substituir os combustíveis fósseis nos motores dos automóveis, nomeadamente a energia elétrica e as células de hidrogénio.

A questão das infraestruturas para o novo tipo de veículos, a respetiva formatação, a reciclagem e os materiais a utilizar no fabrico foram outras questões abordadas.

No Primeiro Congresso da Eletromobilidade, em Berlim, os fabricantes de automóveis deixaram claro, no entanto, que são necessárias bonificações fiscais e outros apoios do Estado para acelerar a entrada no mercado dos novos veículos.

O presidente da Confederação da Indústria Automóvel, Matthias Wissmann, advogou "uma via comum europeia" para desenvolver os carros elétricos, no que se refere aos subsídios à indústria.

A chanceler, Angela Merkel, não respondeu diretamente às propostas dos industriais, mas admitiu que "sobretudo a investigação" dos novos veículos possa ser fomentada.

O objetivo do congresso era "coordenar melhor a conceção e produção de carros elétricos", disse o ministro federal dos transportes, Peter Ramsauer.

Para concretizar estes planos, foram formados sete grupos de trabalho com a participação de responsáveis políticos e das indústrias envolvidas, os quais começarão a funcionar em finais de maio.

Todos os fabricantes de automóveis alemães, exceto a Porsche, estão a trabalhar intensivamente na investigação de carros elétricos, e esperam ter vários modelos no mercado em 2013.

A BMW anunciou o lançamento do "Megacity Vehicle", e testa atualmente uma frota de 600 carros de dois lugares movidos a eletricidade.

A Daimler quer produzir em série uma versão elétrica do Smart, a partir de 2012, e no ano seguinte quer colocar um carro elétrico no mercado chinês, em cooperação com o fabricante local BYD.

A Audi lançará o primeiro veículo deste género no mesmo ano, o e-tron, um carro de desporto da gama alta, com 330 cavalos de potência, e uma velocidade de ponta de 230 quilómetros por hora, que custará mais de 100 mil Euros.

Além disso, a fábrica de Ingolstadt projeta também uma versão elétrica do A1, cuja versão a gasolina estará à venda ainda este ano.

A Volkswagen, maior fabricante europeu, já anunciou também o mini-carro Up, a partir de 2012, e no mesmo ano versões movidas a eletricidade do "bestseller" Golf e do Jetta, além do E-Lavida, para o mercado chinês, este último talvez ainda mais cedo.

Quanto à Opel, já revelou que comercializará na Europa, também até 2013, uma versão híbrida do Ampera (Volt norte americano), a eletricidade e com um pequeno motora a gasolina para carregar a bateria, semlehnate ao Volt, que começará a ser vendido em 2011 nos EUA.

fonte: ionline.pt

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