segunda-feira, 3 de maio de 2010

Governo tem 23 projetos de hidrelétricas na fila

Paralelamente à usina de Belo Monte, o governo finaliza ou tem prontos estudos de viabilidade de 23 projetos de hidrelétricos no País – não como alternativa à usina do Rio Xingu, mas complementares à demanda por eletricidade. São projetos que estão na fila, atrás de Belo Monte, para serem licitados como parte do processo de substituição de energia poluente por fontes renováveis, de acordo com levantamento do Ministério de Minas e Energia (MME) revelado ao iG.
De acordo com o MME, o governo quer licitar 17 usinas ainda neste ano, conforme listagem incluída nas obras da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Outros cinco projetos estão em fase de finalização de inventário e de viabilidade ambiental e um já tem estudos prontos, mas não constam da lista de usinas a licitar em 2010. Os projetos são bem menores que Belo Monte, e menos polêmicos também.
Pelo menos quatro usinas hidrelétricas que o governo planeja licitar neste ano têm estudos concluídos de impacto ambiental e de potencial hidrelétrico. Os projetos somam 2.378 MegaWatts (MW) de potência instalada, menos de um quarto da capacidade de geração de Belo Monte. A maior delas, a usina de Teles Pires, no Rio Tocantins, tem capacidade para 1.820 MW e previsão de entrada em operação em 2015.
As outras com estudos prontos previstas para leilão em 2010 são: Ribeiro Gonçaves (113 MW), localizada no rio Parnaíba, entre Piauí e Maranhão; Telêmaco Borba (120 MW), no rio Tibagi, no Paraná, e Pedra Branca (320 MW), no rio São Francisco, entre Pernambuco e Bahia. A usina de Tabajara, no rio Ji-Paraná, em Rondônia, tem estudos concluídos, mas não está na lista dos projetos para 2010.
A usina de São Luiz do Tapajós, que compõe o projeto do complexo hidrelétrico do rio Tapajós, no Pará – com previsão de capacidade de geração de mais de 10 mil MW -, tem previsão de licitação em 2011, com capacidade para gerar, individualmente, 6 mil MW. Também estão no grupo dos projetos em fase avançada de estudos de viabilidade e inventário, assim as usinas Colíder , Sinop e Foz do Apiacás, no Mato Grosso, além da hidrelétrica de Marabá, no Pará.
Finalizados os estudos de viabilidade, o passo seguinte é a obtenção da licença prévia do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), tarefa que não tem sido fácil para o governo nos últimos anos. Os leilões só acontecem com a liberação da licença do Ibama ou o do órgão ambiental responsável pela região
Fonte: Portal IG

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