sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Aquecimento solar: projeto no Rio poderia gerar economia de R$ 750 milhões para sistema elétrico


Se a cidade do Rio de Janeiro implantasse um projeto de aquecimento solar em 300 mil domicílios, o setor elétrico do país poderia economizar R$ 750 milhões por ano - custo associado à construção de uma nova usina de 260 MW. A projeção é de Carlos Faria, diretor executivo do Departamento Nacional de Aquecimento Solar da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) e coordenador da Iniciativa Cidades Solares.Segundo ele, a instalação dos coletores nas residências significaria uma economia anual de 200 mil MWh e 50 mil toneladas a menos de CO2 na atmosfera. "O que queremos fazer no Rio é alterar o código de obras da cidade para que seja possível projetar nas edificações a instalação desses coletores e acabar com a rejeição que muitos arquitetos ainda têm em relação à tecnologia solar", explicou Faria. Ele destacou dois exemplos no Rio de Janeiro que utilizam o aquecimento solar. Um deles é o Jóquei Clube do Rio, que adotou um sistema que aquece 12 mil litros de água por dia com coletores solares. Faria apontou como outra referência os conjuntos habitacionais de casas populares, que fez com que 3.400 famílias de baixa renda conseguissem economizar até 30% com a conta de energia elétrica.Faria contou que o setor que mais cresce em termos de aquecimento solar é o hoteleiro, pois é o que mais consome água quente. "Com os coletores, os hotéis conseguiram reduzir em até 80% o consumo de energia elétrica". Segundo ele, Belo Horizonte foi considerada a capital nacional do aquecimento solar por possuir mais de dois mil edifícios residênciais com aquecedores solares."Porém, o Brasil tem apenas, aproximadamente, três milhões de metros quadrados de área coletora instalada, estando presente em 1,1% dos domicílios brasileiros", observou, acrescentando que o país já conseguiu economizar mais de 380 mil KWh. Faria citou o exemplo da China, que, segundo ele, tem mais de 60 milhões de metros quadrados de coletores solares instalados.
O especialista diz que a meta brasileira é chegar em 2030 com uma penetração de quase 40% dos domicílios. Faria ressaltou ainda que no mundo existem 141 milhões de metros quadrados de coletores solares instalados, o que significa menos 25 milhões de toneladas de CO2 emitidos na atmosfera.
Fonte: Canal Energia

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