sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Indústria no País investe mais em controle ambiental, diz IBGE

O investimento das indútrias em controle ambiental no País subiu 83,9% entre 1997 e 2002, segundo revela uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE. O investimento da indústria extrativa e de transformação no controle ambiental passou de R$ 10,5 bilhões em 1997 para R$ 22,1 bilhões em 2002.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1997, 3.823 empresas investiram em controle ambiental e em 2002 esse número subiu para 6.691, um aumento de 75%.
"A participação do valor investido em controle ambiental no conjunto das empresas que informaram esse tipo de investimento aumentou de 13,9%, em 1997, para 18,7%, em 2002, alavancado pela indústria de transformação, que aumentou em 92,6% o valor dos investimentos em controle ambiental", afirmou o IBGE em comunicado.
No ano de 1997, a preocupação com controle ambiental se concetrava nos setores de alimentos e bebidas, refino de petróleo e álcool, metalurgia e celulose e papel, que juntos responderam por 61% dos investimentos em meio ambiente no período.
Em 2002, a maior concentração de investimentos foi feita pelas indústrias de fabricação de coque, refino de petróleo, produção de álcool, papel e celulose e metalurgia, que responderam por 68% dos gastos ambientais.
Participaram da pesquisa, feita em todo o País, 135 mil empresas. Segundo o IBGE, o faturamento da indústria em 1997 foi de R$ 430,7 bilhões e em 2002 de R$ 913,3 bilhões. A renda gerada pela indústria extrativa e de transformação em 1997 foi de R$ 174 bilhões e em 2002, R$ 334,5 bilhões.
O estudo mostrou que uma característica marcante do investimento ambiental é ser realizado pelas grandes organizações. "Isso sugere a existência de certas motivações associadas principalmente às exigências impostas pelo comércio internacional, em especial com os países desenvolvidos, cada vezes mais exigentes em relação ao cumprimento de normas ambientais", afirmou o IBGE.
"Além disso, há ainda o receio das organizações de que danos ou passivos ambientais afetem negativamente a imagem corporativa; o crescimento de uma cultura de consumo associada à produção mais limpa; pressões da sociedade organizada e um maior rigor das agências de regulação ambiental", acrescentou o IBGE.
Fonte: Reuters

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