Ao comentar as recomendações de seu relatório final, aprovado pela Comissão Mista Especial sobre Mudanças Climáticas nesta quinta-feira (13), o senador Renato Casagrande (PSB-ES) considerou que o crescimento da economia e da demanda por energia pode ter impactos negativos sobre o ambiente, mas ressaltou que os custos para reparar os danos devem ser incorporados aos novos empreendimentos e assumidos pelas empresas.
- Quer construir termoelétrica a carvão? Não tem problema, desde que haja uma compensação, por essa emissão, com a retirada de gases de efeito estufa em outras atividades. As empresas devem financiar isso, é o custo pelo serviço ambiental. Quem produz mais poluição deve pagar mais - frisou.
O senador informou que a comissão vai trabalhar para que sejam aprovados projetos nesse sentido, que regulamentem a prestação de serviços ambientais. Ele também destacou a proposta contida em seu relatório para que o governo dê maiores incentivos à produção de energia renovável.
- Queremos que o governo brasileiro possa incentivar e leiloar uma maior quantidade de fontes de energia renovável, como a eólica e a biomassa, para que possamos manter a qualidade com nossa matriz elétrica. Na área de combustível, o governo deverá dar maior conseqüência aos programas de álcool e biodiesel, que já são programas de sucesso - comentou.
Para conter o desmatamento e as queimadas, Casagrande ressaltou a necessidade não só de se ampliar a fiscalização no país, mas também de se incentivar a população local que contribui para a preservação ambiental.
- Proibir, sem dar alternativa para quem vive na região, não adianta, as pessoas precisam sobreviver. O Brasil precisa fiscalizar e incentivar quem vive na região e preserva os recursos naturais - observou ele, ao defender a inclusão do desmatamento evitado como possibilidade de entrada no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, gerando créditos a serem comercializados no mercado de carbono.
Fonte: Senado Federal
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