quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Seminário discute energia solar nas edificações

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico apresentou nesta quarta-feira (28), no Seminário Cidades Solares Maceió, propostas para o uso da energia solar e edificações sustentáveis.
O objetivo do evento, segundo o superintendente de Minas e Energia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Geoberto Espírito Santo, é construir uma legislação – inicialmente para a capital alagoana – que privilegie a utilização da energia solar para o aquecimento de água nas novas edificações, ou seja, tudo o que for aquecido com água ou gás, que passe a ser por energia solar.
Durante o evento, dirigentes das secretarias municipal e estadual do Meio Ambiente apresentaram a minuta do Projeto de Lei, que tem como objeto regular a incorporação de sistemas de captação e utilização de energia solar de baixa temperatura para a produção de água quente sanitária nas novas edificações e construções situadas no município de Maceió.
Segundo Geoberto, as vantagens do uso da energia solar incluem uma melhor contribuição para o meio ambiente, porque a energia alternativa substitui os chuveiros elétricos.
O superintendente esclarece que a resistência elétrica é um equipamento ineficiente para o aquecimento da água, uma vez que quando sai da usina hidroelétrica e chega ao chuveiro o aproveitamento é de apenas 4%, ou seja se perdem 96% durante o percurso. “Esperamos que no início da próxima legislatura municipal já tenhamos aprovado a legislação”, concluiu.
O diretor executivo do Departamento Nacional de Aquecimento Solar e coordenador da iniciativa Cidades Solares, Carlos Faria, afirmou que cinco cidades do país já aderiram ao sistema de energia solar, a exemplo de São Paulo, Birigui, Campina Grande, Porto Alegre e Varginha (Minas Gerais).
De acordo com ele, Alagoas é o primeiro estado do Nordeste a ter políticas públicas já elaboradas para este fim. Ele assegurou que a economia para o usuário final é de no mínimo 70% do que gastaria aquecendo água com energia elétrica ou gás.
Emprego
Outra vantagem da adesão dos municípios brasileiros à energia solar é o aumento da geração de emprego. “È uma fonte que mais gera emprego por unidades de energia. A energia nuclear gera 250 empregos por TWH enquanto a solar; 20 mil empregos por cada TWH.”, comparou Faria.
Segundo ele, a opção pela compra de um imóvel com energia solar acresce o valor dele em R$ 2 a R$ 4 mil, investimento que pode ser recuperado em menos de dois anos com a economia que o proprietário terá por não usar energia elétrica.
Outro fator que merece destaque, segundo Faria, é a economia que o país terá com a redução na construção de usinas hidroelétricas somente para fazer funcionar os chuveiros elétricos. “25% delas são construídas apenas para ligar os chuveiros elétricos das 18h ás 20h. Outro ganho diz respeito a menor emissão de gás carbônico na atmosfera, que será reduzida em 25%”, fundamentou.
Serão beneficiadas com o uso da energia solar as edificações destinadas a hotéis, motéis e similares; clubes esportivos; casas de banho e sauna; academias de ginásticas; lavanderias; hospitais; escolas; creches; abrigos; quartéis e unidades prisionais; indústrias, entre outras.
Faria afirmou que em Maceió já existem mais de 50 edifícios com a tecnologia solar. Participaram das discussões vereadores, planejadores municipais, secretários do meio ambiente, habitação e planejamento, pesquisadores, ambientalistas, estudantes e representantes de entidades da construção civil.
Fonte: Alagoas 24h

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