segunda-feira, 31 de março de 2008

Santo André tem dois projetos relacionados à energia solar

Dois projetos de lei que estão prestes a entrarem em votação na Câmara de Santo André abordam a utilização da energia solar prédios da cidade. Um deles, de autoria do vereador Jurandir Gallo (PT), torna obrigatória a instalação de aquecedores de água em novas edificações. O outro, elaborado por Marcos Medeiros (PSDB), pretende criar um programa de incentivos para o uso destes sistemas.
"A atual situação do meio-ambiente no Brasil é muito crítica. A utilizações deste tipo de energia iria ser muito benéfica para todos, além de ser um diferencial para a cidade", comenta Medeiros.
O parlamentar lamenta também que não haja projetos para alertar a população sobre esta alternativa. "As pessoas desconhecem este sistema de aquecimento por energia solar, pensam que é algo com valor muito alto. Por isso temos de criar um programa para incentivar o uso desta fonte de energia", completa.
Em sua matéria, o vereador também defende a promoção das medidas necessárias ao fomento do uso e ao desenvolvimento tecnológico de sistemas de aproveitamento de energia solar, para aquecimento de água em imóveis urbanos e outras utilizações possíveis que se mostrarem vantajosas. Segundo ele, estes incentivos poderiam ser em formas de descontos no IPTU ou na conta de água do Semasa.
Já o projeto de Gallo diz respeito à instalação do sistema de aquecimento de água por energia solar nas novas edificações da cidade. De acordo com a matéria apresentada, a tecnologia empregada nesse tipo de sistema é uma das mais simples e baratas quando se refere a energia renovável, com uma relação custo benefício favorável para a redução dos danos ao meio ambiente e utilização racional dos recursos naturais existentes.
Redução de gastos
Além disso, o consumidor tem a chance de reduzir gastos. O professor de Engenharia Elétrica da FEI (Fundação Educacional Inaciana), Mário Kawano, explica que a economia média no final do mês é de 30% a 40%. "Dependendo da ocasião, não é nada difícil conseguir economia superior a 40%", acrescenta.
O professor ainda comenta que 15 minutos de banho quente utiliza cerca de 15 mil litros de água da Hidrelétrica de Itaipú para produzir a energia necessária do chuveiro. "A importância da utilização deste tipo de energia vai além da questão econômica. O principal benefício para a sociedade é a preservação do meio ambiente", finaliza.
Como funciona
Um sistema de aquecimento de água por energia solar é composto por coletores solares, que são as placas, e um reservatório térmico, denominado boiler.
As placas, feitas de vidro e cobre, são responsáveis por absorver a radiação do Sol. O calor captado é transferido para a água que circula no interior de tubulações, também feitas de cobre, passando para o reservatório térmico, recipiente para armazenamento da água aquecida que será utilizada posteriormente. Uma caixa d'água normal será responsável por alimentar o reservatório térmico.
Neste sistema, a água que apresenta uma temperatura mais alta se torna menos densa (mais leve) que a fria, sendo empurrada para cima, o que gera a circulação natural.
A circulação da água também pode ser feita por meio de bombas, em um processo chamado de circulação forçada ou bombeado, que são normalmente utilizados em piscinas ou sistemas de grandes volumes. Cada boiler tem o valor médio de R$ 1,5 mil, já as placas podem ser encontradas por aproximadamente R$ 600 cada.
"Umas das desvantagens deste sistema é que você fica dependendo da luz solar para ter água quente", comenta o professor Mário Kawano. Nos dias nublados, a opção é ligar o chuveiro novamente e utilizar o sistema convencional de aquecimento.
Fonte: Repórter Diário

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