sábado, 29 de março de 2008

Seminário discute uso da energia solar

O 2º Seminário Interdisciplinar de Políticas de Energia Solar terminou ontem (28/03) no Hotel Ocean Palace e trouxe a Natal um assunto ainda pouco discutido, segundo os palestrantes: as mudanças da matriz energética para fontes renováveis de energia. Apesar da urgência no aprofundamento do tema - de fundamental importância para a manutenção ambiental do planeta - o Brasil ainda está atrasado, apesar de gozar de abundância da maior e mais benéfica fonte básica de energia: o sol.
A intenção do Seminário propôs construir uma pauta de discussão para conhecimento nacional e internacional. O objetivo primeiro é democratizar o acesso à luz elétrica. O presidente da Kyocera - companhia global comprometida na fabricação e distribuição de produtos de energia renovável -, Antônio Granadeiro, opinou que o primeiro e fundamental passo para democratizar o uso da energia renovável é a regulação.
‘‘Não há preocupação ecológica dos gestores brasileiros. Só se produz energia suja no Brasil, ou através de hidrelétrica, o que é muito caro. Pensa-se em gás, mesmo sem ter, ou carvão importado, quando se tem um sol abundante’’. Granadeiro vislumbrou para um ano e meio a possibilidade do cidadão produzir e vender energia solar. A prática já ocorre em países da Europa, Estados Unidos, Japão, China e Índia.
O presidente da Associação Brasileira de Empresas de Energia Renovável (Abeer), Fernando Cunha, explicou que a energia renovável é produzida por um painel de alta tecnologia. Com a atividade regulamentada no Brasil, a produção pode ficar mais barata e disseminada. Como benefícios, a maior possibilidade em atender populações desconectadas da rede, sem maiores gastos com estrutura de postes, fios e transformadores.
Segundo Fernando Cunha, nos últimos dois anos a Aneel instalou cerca de 80 mil sistemas de energia renovável somente na Bahia. O presidente da Abeer explica que o estado baiano é o maior beneficiado pela extensão de seu território e dificuldade de cobrir toda a população com a malha convencional de energia. ‘‘É uma questão de demanda. Em breve os gestores verão que a energia renovável é como a telefonia celular: ninguém desconfiava que a demanda seria tão grande’’.
Fonte: Diário de Natal

Nenhum comentário: