domingo, 20 de abril de 2008

No total, são 30 projetos no estado

Não é só a Pacific Hydro que está de olho no ‘‘vento potiguar’’. Segundo o secretário de Energia do estado, Tibúrcio Batista Filho, há perto de 30 projetos à espera de implantação no RN, totalizando 2.700 MW. Tanto interesse, diz ele, tem explicação: ‘‘O maior potencial eólico da região está no RN e secundariamente no Ceará’’.
De acordo com o secretário, que também participou da inauguração da Millenium, em Mataraca (PB), o Brasil tem potencial para produzir 143 mil MW de energia eólica. No Nordeste, a capacidade fica em 75 mil MW e no Rio Grande do Norte em 25 mil. Hoje, apenas dois parques, entretanto, estão em operação no estado: um de 49,3 MW, do grupo Iberdrola, em Rio do Fogo, e um de 1,8 MW da Petrobras, instalado em Macau. Esses empreendimentos suprem 8% das necessidades de energia do RN.
‘‘Os outros 92% são importados, isso vai diminuir quando a Termoaçu entrar em operação (a previsão é para o segundo semestre), mas queremos ser auto-suficientes e enxergamos muito espaço para o crescimento das fontes renováveis’’, acrescentou Batista Filho. Ele e outros secretários do Nordeste estão dispostos a começar uma verdadeira cruzada para que o governo federal libere novas concessões de parques eólicos na região. Eles também cobram uma regulamentação específica para o setor.
O deputado federal e presidente da Subcomissão de Fontes Renováveis de Energia e Uso Múltiplo da Água, Paulo Teixeira (PT-SP) disse esperar um marco regulatório a partir de maio. Ele é autor de um projeto de lei que propõe a criação de novo programa de energias renováveis, como um estímulo à geração de energia limpa. ‘‘O tema das mudanças climáticas tem como ponto central mudar a matriz energética. No Brasil 80% da energia produzida é limpa, mas podemos ter mais e exportar. É preciso ampliar as fontes renováveis, aí entram eólicas, a biomassa e a energia solar’’, disse durante a inauguração da Usina. Ele colocou o Rio Grande do Norte, ao lado de estados como Paraíba, Pernambuco, Ceará, Maranhão e Rio Grande do Sul na lista dos que vão liderar a energia eólica no Brasil e que já estão dando passos nessa direção.
Fonte: Diário de Natal

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