segunda-feira, 7 de julho de 2008

Tecnologia nos sinais

A Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp) vai substituir 80 lâmpadas comuns de semáforos por bolachas de LED, tecnologia com maior durabilidade e economia de energia. Foram gastos R$ 657 mil na compra dos equipamentos e as trocas devem começar no próximo mês. O julgamento de proposta foi publicado na última segunda-feira, no Diário Oficial do município.
Os equipamentos serão instalados nos cruzamentos que já possuem tecnologia GPS, como as avenidas Nove de Julho, Dom Pedro, Presidente Vargas e Presidente Kennedy.
Cada lâmpada comum de semáforo consome 100 watts, enquanto que uma bolacha de LED gasta cinco watts. Além da economia de energia, as bolachas de LED têm maior durabilidade: a vida útil é de cinco anos, contra três meses das lâmpadas incandescentes utilizadas atualmente.
Para o engenheiro civil e especialista em transportes, Luimar Heck Paes Leme, a quantidade ainda é insuficiente para falar em economia de energia. "A grande vantagem na instalação desses aparelhos está na durabilidade. Como essas bolachas não precisam ser trocadas constantemente, as equipes de manutenção não atrapalham o trânsito, evitando transtornos em vários cruzamentos da cidade."
O gerente de Planejamento e Projetos da Transerp, Paulo Fernandes Corrêa Tablas, disse que a economia não será proporcionada apenas pelo menor consumo de energia. "Os semáforos de LED funcionam com cabos mais leves, mais baratos, e, como a manutenção é menos constante, barateiam os custos gerais."
A Transerp gasta cerca de R$ 50 mil por mês com manutenção e energia elétrica dos 431 cruzamentos semaforizados da cidade. Com todos os componentes necessários, os semáforos de LED consomem, em média, um décimo do gasto com a tecnologia atual. "Para os cruzamentos que receberão os semáforos de LED, precisamos de novas colunas e novos controladores, que já estão sendo instalados."

Só semáforo com GPS receberá LED

Para a instalação dos semáforos de LED, a Transerp está colocando o sistema GPS em 16 cruzamentos de seis avenidas da cidade, além da troca de colunas e aparelhos controladores.
Cada cruzamento é programado para funcionar conforme a demanda de veículos em diferentes momentos do dia. Com o sistema GPS, a programação não se perde após quedas de energia e o trânsito não entra em colapso até a equipe de manutenção reprogramar os aparelhos.
Segundo o gerente de Planejamento e Projetos da Transerp, Paulo Fernandes Corrêa Tablas, é necessário instalar o sistema para depois implantar os semáforos de LED. "Não adianta colocarmos equipamentos caros e de alta tecnologia em cruzamentos com infra-estrutura arcaica e precária."
Até o final do ano, os semáforos devem receber a tecnologia GPS, que permite saber sobre acidentes, lâmpadas queimadas e sobrecargas de energia, sem depender de intervenção humana.

LED consome menos e dura mais

LED é a sigla em inglês para Light Emitting Diode, ou diodo emissor de luz. É um diodo semicondutor que emite luz visível quando energizado, uma espécie de luz pequena, que dissipa menos calor.
Ele funciona com menos energia e dura mais tempo que uma lâmpada comum — acende até dez vezes mais, segundo alguns fabricantes, e tem um consumo de energia dez vezes menor.
Uma bolacha de LED, como as que serão usadas nos semáforos de Ribeirão Preto, contém 180 LEDs, ligados em paralelo. Isso significa que caso um deles se apague, os outros continuam funcionando, sem inutilizar todo o equipamento.
De acordo com Alessandro Locatti, técnico do laboratório de engenharia elétrica da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos, a desvantagem desse equipamento ainda é o preço. "A tecnologia usada para fabricar o LED ainda é cara, mas a tendência é que os preços diminuam."
FONTE: GAZETA DE RIBEIRÃO

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