quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Aquecimento solar torna-se obrigatório nas novas edificações de Marília

Marília, cidade localizada no centro-oeste paulista, é mais uma moderna cidade a tornar obrigatório o uso dos aquecedores solares nas suas novas edificações. A lei 6.773 de junho de 2008, é fruto de um projeto de lei apresentado pelo vereador Mario Coraini Júnior. Todas as novas edificações de uso não residencial, como hotéis, pousadas, clubes esportivos, clínicas de estética, hospitais, creches, quartéis, indústrias, lavanderias dentre outros devem prover pelo menos 40% de toda energia utilizada no aquecimento de água através dos aquecedores solares. Já no setor residencial, somente as edificações com quatro banheiros ou mais deverão instalar os aquecedores solares. Pensando no futuro, a proposta também torna obrigatório o projeto de edificações residenciais com três banheiros ou menos com a previsão para instalar o aquecedor solar.
A Iniciativa Cidades Solares calculou o potencial de uso da energia solar na cidade e os benefícios decorrentes desta importante política pública. Considerando que a cidade de Marília conta com quase 220 mil habitantes, somente no setor residencial nos próximos 10 anos espera-se a instalação de mais de 85.000 metros quadrados de coletores solares para o aquecimento de água. Isto significaria para a cidade: geração de 340 empregos diretos e indiretos; redução da emissão de 5.000 toneladas de CO² por ano na atmosfera do planeta; economia anual de aproximadamente 18 milhões de kWh (quilowatt-hora), energia suficiente para abastecer por ano mais de 10.000 domicílios consumindo em média 145 kWh por mês; redução da pressão por investimentos (economia) no setor de energia da ordem de 70 milhões de reais que seriam necessários para abastecer com energia elétrica os domicílios atendidos com aquecimento solar.
A lei exige que pelo menos 40% de toda demanda de água quente seja suprida com energia solar. Isto é o que chamamos de fração solar e representa de forma simples a economia anual das famílias, obtida com o emprego da energia solar, comenta Carlos Faria, coordenador da Iniciativa Cidades Solares. O retorno de investimento de um sistema de aquecimento solar acontece em menos de dois anos e já existem inúmeras linhas de financiamento disponíveis para o consumidor final adquirir seu aquecedor solar.
Marília é conhecida como a "Capital Nacional do Alimento", por possuir várias empresas alimentícias. O potencial de economia de energia e redução de emissão de gases de efeito estufa no setor alimentício é enorme, pois o uso de energia térmica é muito grande e poderia ser gerado em parte pelos aquecedores solares, comenta Faria.
Marília dá o exemplo a ser seguido por cidades que pensam no futuro do país, do planeta e de seus cidadãos.
FONTE: PROCEL INFO

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