O pioneirismo do Ceará em estudos e pesquisas sobre fontes alternativas de energia não é de hoje. Afinal, foi com o programa Pró-Eólico, ainda nos anos 90, para incentivar a produção de energia elétrica em escala comercial a partir da força dos ventos, que a energia eólica ganhou espaço no País. Agora, o Estado retoma, em abril próximo, um projeto piloto que pretende agregar mais uma alternativa para diversificação da matriz energética brasileira. Trata-se da energia gerada pelo movimento das ondas do mar.
A novidade, no entanto, informa Renato Rolim, coordenador de Energia e Comunicação da Secretaria de Infra-estrutura do Estado (Seinfra) é que o protótipo da usina de ondas, a ser instalado no Porto do Pecém, terá sua capacidade de produção aumentada: 100 quilowatts (KW) de energia, antes era 50 KW, e contemplará também uma unidade de dessalinização da água do mar, com capacidade para processar cinco litros de água por segundo.
A iniciativa é uma parceria da Coope/UFRJ (Coordenação dos Programas de Pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro), do governo do Ceará e da Tractebel Energia, que entra no projeto com a saída da Eletrobrás, parceira da idéia original, que vinha sendo gestada há pelo menos dois anos.
´Coma saída da Eletrobrás, iniciamos uma nova negociação e estamos dando andamento a um novo protocolo, com outro cronograma de execução, que assim como o anterior, deverá levar 36 meses para que a usina fique pronta. Nesse sentido, as licenças ambientais já existem, pois vamos aproveitar as anteriores. Só falta começar o projeto´, adianta Rolim. A concepção original da usina contava com dois braços (unidades) para geração, com capacidade de 25KW cada, que agora passarão a produzir 50KW cada, totalizando 100 KW. Estima-se que o custo do projeto chegue a US$ 3 milhões.
Geração heliotérmica
Com a saída da Eletrobrás do projeto da usina de ondas, Rolim Conta que, como contrapartida, o Estado ganhou um novo estudo para um projeto piloto de geração de energia elétrica por meio do aquecimento da água. ´É chamada fonte heliotérmica, que apesar de ser através do calor, difere da fonte fotovoltaica, que utiliza o sol´, explica. De acordo com ele, o Estado está aguardando apenas o envio do termo de conveniência para o projeto, pela Eletrobrás.
Conforme disse, além dessas fontes alternativas de energia, o governo do Ceará aposta ainda na implantação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) nos açudes do Castanhão, Aracoiaba, Jaburu e no canal Pacoti-Riachão-Gavião. ´Os estudos de viabilidade já existem. Estamos nos articulando com a Agência Nacional de Águas e o Dnocs para utilização das barragens´, conta.
fonte: diario do nordeste
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