segunda-feira, 20 de abril de 2009

RN: Petrobras ampliará parceria com Senai para eólica e solar

O potencial do Rio Grande do Norte na geração de energias renováveis e não poluentes deve levar à Petrobras ampliar sua parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) no Centro de Tecnologias do Gás, que funciona na avenida Capitão-mor Gouveia, em Lagoa Nova.

“Isso é coisa para 2010, apenas consegui a decisão da Petrobras de ampliar parceria”, explicou o presidente da Federação das Indústrias do RN (Fiern), Flávio Azevedo. Com a ampliação de suas atividades na área de pesquisa energética, o consórcio então passaria a se chamar CTgás & Energias Renováveis.

Flávio Azevedo disse que a pesquisa e a formação de mão-de-obra na área de gás natural “continua sendo importante para o Estado”, mas ele disse que em termos de pesquisa de energia solar e eólica, o custo do combustível “é zero”, pois são coisas que existem em abundância no Rio Grande do Norte.

Segundo Azevedo, a região Nordeste tem 52% do potencial para geração de energia eólica no Brasil, desses 47% situa-se no Rio Grande do Norte: “Isso significa dizer que o Estado tem ¼ do potencial de energia eólica do país”.

Azevedo informou ainda que o mundo já investiu R$ 16 bilhões em parques eólicos e por isso, o Rio Grande do Norte “não pode jogar fora esse potencial”.

Então, segundo Azevedo, a Petrobrás já sinalizou com a ampliação das atividades do Ctgás a partir das experiências que já tem com o Centro de Pesquisas da Petróleo Brasileiro S/A (Cenps), localizado no Rio de Janeiro. A ideia é de se fazer pesquisas nas áreas de energia solar e energia eólica, inclusive com a formação de profissionais e mão-de-obra especializada, tão escada no Brasil.

“O propósito é trabalhar com pesquisas e formação de recursos humanos para energia limpa”, continuou Azevedo, ressaltando que a região Nordeste já esgotou o seu potencial de energia hidrelétrica, porque o único rio nordestino capaz de gerar esse tipo de energia, o São Francisco, já não comporta mais a construção de barragens.

O presidente da Fiern ainda disse que, hoje, o Nordeste praticamente ficou “sem nenhuma alternativa de produção de energia”, porque o gás natural produzido no Rio Grande do Norte, para quem ficou “pouca coisa”, está todo comprometido com o Ceará, Paraíba e Pernambuco.

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