Investimentos em energia solar concentrada podem movimentar € 92,5 bi até 2050, quando esse setor produzá cerca de 1/4 da energia elétrica mundial. A previsão é do relatório Panorama da Energia Solar Concentrada, lançado pelo Greenpeace, na Holanda. O estudo foi realizado em parceria com a Associação Européia Solar Térmica (Estela, na sigla em inglês) e a SolarPACES, organização da Agência Internacional de Energia (AIE).
Os investimentos no setor têm previsão de bater a casa dos € 2 bilhões neste ano. As informações divulgadas pelo relatório apontam, contudo, que o potencial deste mercado é muito maior. A pesquisa indica que as eólicas podem gerar mais de 1,187 milhão de postos de trabalho e deixar de emitir até 4,7 bilhões de t de CO2 até 205, além de responder por 7% do consumo mundial de energia em 2030 e chegar a 25% em 205.
A estimativa é de longe muito mais otimista que as projeções usuais da AIE, que assessora nações desenvolvidas. A agência indica que em 2050 a penetração da energia solar não será maior que 0,2% no mundo.
Solares no Brasil
“O Brasil possui um potencial de energia solar quase ilimitado”, disse Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Energias Renováveis. O elevado índice de radiação solar e a existência de amplas áreas, principalmente no Nordeste, indicam um grande potencial de consumo.
Os maiores projetos de energia solar concentrada no mundo estão em construção na Espanha e na Califórnia. A tecnologia também é extremamente utilizada em áreas desérticas.
Plantas no deserto
O relatório Panorama da Energia Solar Concentrada mostra ainda que usinas solares podem ser populares em desertos no futuro próximo. As usinas em questão empregam centenas de espelhos ou lentes para reunir os raios solares a temperaturas entre 400 e 1.000 graus Celsius, fornecendo energia para movimentar uma usina. A tecnologia é apropriada para regiões quentes e sem nuvens, como o Saara ou o Oriente Médio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário