O setor de energias renováveis mundial recebeu US$155 bilhões de investimento ao longo do ano de 2008, segundo o relatório divulgado nesta quarta-feira (03/04/2009) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). O montante, não inclui os aportes em grandes projetos hidrelétricos. O volume de investimentos cresceu 5% com relação ao ano de 2007, influenciado principalmente pela participação da China e do Brasil.
Dos US$155 bilhões, US$105 bilhões foram gastos diretamente na implantação de 40 mil MW de geração a partir de fontes como, eólica, solar, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), biomassa e geotérmica. Os US$50 bilhões restantes correspondem a recursos injetados em biocombustíveis.
As hidrelétricas de grande porte receberam US$35 bilhões que originaram 25 mil MW de novas plantas, segundo o estudo.
Em 2008, se consideradas todas as fontes de geração, incluindo as fósseis, foram implantados no mundo 157 mil MW de capacidade, que demandaram US$140 bilhões de investimentos. Os aportes em renováveis corresponderam a 56% do total injetado no mundo para geração de energia e 40% da nova capacidade instalada.
De acordo com o diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner, a crise interrompeu um bom momento que vinha sendo vivenciado pelo segmento de renováveis. “Os investimentos nos EUA caíram 2% e na Europa o crescimento foi muito tímido. Contudo houve alguns pontos relevantes em 2008, especialmente nas economias em desenvolvimento. A China se tornou o segundo maior mercado de energia eólica em termos de nova capacidade instalada e o maior produtor mundial de células fotovoltaicas”, destacou.
A energia eólica atraiu os maiores investimentos no ano passado. Foram US$51,8 bilhões, que corresponderam a 1% de crescimento do total financiado em 2007. Já a energia solar obteve ótimos resultados, já que cresceu 49% e recebeu US$33,5 bilhões em recursos.
A crise influenciou diretamente os resultados do mercado de energia limpa no ano passado. Para se ter ideia, os investimentos no segundo semestre de 2008 caíram 17% na comparação com o primeiro semetre daquele ano e 23% com relação ao mesmo período de 2007.
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