terça-feira, 30 de junho de 2009

Incertezas prevalecem no mercado de energia eólica

O Governo, as empresas que fornecem equipamentos, as associações e os técnicos. Todos reunidos discutindo energias alternativas. Na abertura do evento Power Future 2009, ontem em Fortaleza, o foco das conversas girou em torno do leilão de eólicas, previsto para ocorrer dia 25 de novembro.

Entre as questões polêmicas que envolvem o leilão (além da confirmação da data da realização, depois de vários adiamentos), está a condição de cadastro para participação dos empreendedores.

De acordo com notícia publicada no site da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, já foi definido um novo patamar para importação dos equipamentos, antes de 2.000 KW e agora reduzido para 1.500 KW, além da ampliação do prazo para o cadastro, que agora foi estendido até 17 de julho.

Para o vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Afonso Carlos Aguilar, é importante que todas as regras sejam definidas pelo Governo, para que haja uma garantia aos empreendedores. “Com mudanças a todo momento acaba sendo gerada uma incerteza, principalmente para quem já estava com o projeto pronto”, diz.

Segundo Antônio Balhmann, presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), o Governo Federal, desta vez, garantiu que o leilão não seria adiado. “E temos uma outra questão, que é a necessidade da inclusão do vetor eólico no planejamento da matriz energética brasileira”, lembra.

Investidores
Também presente à abertura do evento, o coordenador do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), da Eletrobras, Sebastião Florentino, afirmou que a estatal também estará no leilão das eólicas como investidora. “Estaremos participando de vários projetos no leilão, através de subsidiárias como a Chesf, Eletronorte, Furnas e Eletrosul”, adiantou.

Para ele, esta é uma nova etapa da participação da Eletrobras no processo de implementação da eólica como energia complementar para o Brasil. “No Nordeste, os recursos hídricos estão esgotados. A melhor alternativa é a eólica”, ressaltou.

O presidente de honra do Power Future, o empresário Armando Abreu, também chamou atenção para o potencial nordestino e cearense. “O Ceará é hoje o que mais tem projetos eólicos em operação e em construção. No Nordeste, não temos água ou recursos minerais, mas temos sol e vento”, declarou. “Deixem-nos utilizar isso”, completou.
fonte: o povo online

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