
"Ficamos impressionados com o avanço na área de energia eólica. Viemos buscar respostas para problemas de instabilidade desse tipo de energia e a Alemanha tem muita tecnologia", ponderou Armando Silva Filho, da Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica. Representantes do ONS, Operador Nacional do Sistema, e da EPE, Empresa de Pesquisa Energética do Ministério de Minas e Energia, também acompanharam a visita. "O que vimos em Dardesheim é o futuro da energia limpa. Gostaríamos de levar o exemplo para o Brasil, mas um projeto como esse só poderia ser implantando em longo prazo", avaliou Amilcar Guerreiro, diretor da EPE. Para seguir a vocação de cidade modelo, Dardesheim vai receber do governo alemão 10 milhões de euros nos próximos anos para continuar investindo em energia renovável. "Achamos que esse é um excelente lugar para demonstrar que é possível investir e confiar nas energias renováveis, seja eólica, solar ou biomassa", disse Torsten. Schwab, membro da comissão alemã que trabalha em parceria com o Brasil.
Futuro eólico
As turbinas de energia eólica no Brasil ainda são raras. As primeiras foram instaladas no Nordeste e no Rio Grande do Sul há aproximadamente cinco anos. Na Alemanha, é comum avistar as hélices em movimento: são mais de 19 mil espalhadas por todo o território. Mas a energia eólica pode ficar mais usual para os brasileiros. Em novembro, o Brasil realiza o primeiro leilão da história para fornecedores desse tipo de energia. A estratégia do governo é aumentar a segurança do sistema que fornece a eletricidade que chega às residências, às indústrias, nas ruas. Ainda não sabe o quanto de energia as novas usinas eólicas vão jogar na rede de transmissão – a previsão é que elas comecem a operar em 2012. "Da Alemanha, estamos levando lições de como integrar a energia eólica à rede elétrica. Muito do que vimos aqui deve ser adotado nessa nova leva de usinas no Brasil", revelou Guerreiro.
Energia de hoje
As usinas hidrelétricas são as maiores geradoras de eletricidade no Brasil: correspondem a 73,2% da produção nacional. Gás natural vem em segundo lugar, 5,9%. Eletricidade a partir de biomassa (4,5%), petróleo (3,1%) e nuclear (2,8%) também compõem a matriz brasileira. As turbinas de vento geram apenas 0,02% do total de eletricidade no Brasil, segundo informações do Ministério de Minas e Energia. Na Alemanha, 14% da eletricidade produzida vêm de fontes renováveis – metade tem origem nas usinas eólicas, como mostram os dados da Associação Alemã de Energia Eólica.
Mais informações sobre a Alemanha e a Europa no site www.DW-WORLD.DE/brasil .
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