O Brasil somou 3.373MW em novas usinas ao longo de 2009. Desse total, 30% (1.042MW) são de plantas movidas a biomassa. No ano, o setor perdeu apenas para as temelétricas convencionais - que somaram 1.063MW em capacidade instalada - , ficando à frente de hidrelétricas (576MW), pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) (449MW) e eólicas (242MW).
Segundo Zilmar Souza, assessor de bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a expansão em 2009 só não foi mais representativa devido a fatores como a crise econômica mundial, que prejudicou a cadeia produtiva do setor sucroenergético. Presidente da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), Carlos Silvestrin também viu impacto da crise na fonte. Em entrevista ao Jornal da Energia realizada em dezembro, Silvestrin afirmou que 2009 "foi um ano de ajustes" para a biomassa. "Os problemas com a concessão de crédito afetaram a todos", resumiu.
Além da falta de crédito, Zilmar aponta outros fatores que impactaram a bioeletricidade, como dificuldades com conexão e a necessidade de reforço nas redes de transporte de energia. Ele também cobra "reconhecimento dos benefícios da matriz", principalmente em relação aos preços da energia gerada pela fonte em leilões. "Entre seus benefícios está a complementaridade com a geração hidrelétrica e seu balanço ambiental positivo", explica.
Fonte: Jornal da Energia
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