quinta-feira, 1 de abril de 2010

Governo lança PAC 2 e prevê R$180,6 bilhões para energia elétrica

Para aproveitar os últimos dias no governo da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que vai deixar a pasta para concorrer às eleições presidenciais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta segunda-feira (29/03) a segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Os investimentos previstos para a área de energia elétrica somam R$180,6 bilhões, sendo R$146,9 bilhões para o período de 2011a 2014 e R$33,7 bilhões para os anos subsequentes. No geral, o programa estima aportes de R$1,59 trilhão.
Apesar dos vultosos aportes anunciados para o PAC 2, a primeira edição do programa, que chega ao ao final em dezembro deste ano, completou 37% das 694 ações programadas para o eixo de infraestrutura energética, incluindo petróleo, gás e eletricidade.
De acordo com o governo, o setor de geração de energia receberá R$136,6 bilhões no PAC 2. A prioridade será dada aos projetos de energia renovável e limpa, como as grandes e pequenas centrais hidrelétricas, eólicas, usinas a biomassa, nucleares e termelétricas a gás.
As hidrelétricas demandarão R$116,2 bilhões de recursos. Estão listados 54 empreendimentos desse tipo no relatório divulgado, somando 47,9GW de capacidade instalada. Destes projetos, 10 deles (14.991MW) são usinas plataforma, que compreendem um novo conceito de construção de hidrelétricas, baseado nas implantação das plataformas de petróleo.
O setor de transmissão de energia elétrica receberá R$37,4 bilhões de investimentos do novo PAC, sendo R$26,6 bilhões de 2011 a 2014 e R$10,8 bilhões, após esse período. O governo calcula que com esse montante será possível instalar cerca de 36,7 mil quilômetros de linhas, sendo 22,7 mil quilômetros de grandes interligações e 13,9 mil quilômetros de linhas e reforços regionais.
A área de eficiência energética ganhou atenção especial no PAC 2 com previsão de investimentos de R$1,1 bilhão. O governo afirma que pretende incentivar a substituição de equipamentos obsoletos e a aquisição de outros mais eficientes, que permitam reduzir o consumo de energia, as emissões de gases de efeito estufa e os custos para os consumidores. Além disso, o uso de aquecedor solar de água para banho será fomentado.
Luz para Todos
Previsto inicialmente para terminar em 2008, o Luz para Todos teve seu prazo prorrogado para o final de 2010. Contudo, o PAC 2 esticou para o final de 2014 o fim do programa de universalização de energia elétrica. Para conectar todas as residências brasileiras à rede elétrica, o governo estima que ainda serão necessárias mais 495 mil novas ligações, que demandarão R$5,5 bilhões.
Fonte: Jornal da Energia

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