Após a realização do primeiro leilão específico para a contratação de energia eólica, o Brasil atraiu o interesse de mais investidores e a indústria do setor começou a se desenvolver mais rapidamente. Ainda assim, alguns entraves podem prejudicar a competitividade das fábricas locais no fornecimento para os parques que serão instalados nos próximos anos. Essa é a análise do novo presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Ricardo Simões, que participou de debate sobre a fonte na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (18/05).
"Hoje, o investidor consegue importar uma torre, já colocada no site, a 60% do preço do produto nacional. É inexplicável", critica Simões. De acordo com o executivo, o principal fator para justificar a diferença de preço é o alto custo do aço nacional. Para conseguir financiamentos junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os empreendedores precisam de um índice de nacionalização de 60%, o que dificultaria a importação do material e, consequentemente, o barateamento da produção.
"Se for permitido que o fabricante importe aço para utilizar no processo, vamos gerar emprego no Brasil, para fabricar essas torres. E não na China e na Índia", sugere o executivo da Abeeólica, que lembra que a busca pela competitividade tem levado os investidores a comprar as torres já prontas no exterior.
Fonte: Jornal da Energia 18/5
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