quarta-feira, 7 de julho de 2010

Areva Koblitz vê biomassa em alta e projeta crescer 66% em vendas

A divisão de bioenergia da muitinacional Areva, Areva Koblitz, espera fechar o ano com vendas em torno de R$1 bilhão. O número representaria uma alta de 66% frente ao resultado de 2009 - quando já havia sido registrado um resultado recorde para a companhia, com contratos no valor de R$600 milhões. O desempenho deve ser puxado principalmente pelo setor de biomassa, que a empresa vê como promissor em 2010.
"Essa perspectiva é também por conta da depressão qeu houve no ano passado, com a crise", lembra o diretor comercial da Areva Koblitz, Romero Rego. "Entre novembro e dezembro de 2009, a economia patinou e houve queda no consumo de energia. Isso fez com que os projetos que estavam na gaveta, prontos para sair, tivessem dificuldade. Agora a economia voltou a se aquecer e esses projetos voltaram à pauta", analisa.
O executivo afirma que a crise afetou principalmente os empreendimentos de biomassa, já que, com os financiamentos sumindo no mercado, os usineiros optaram por adiar os investimentos em geração para manter seu negócio principal, a cana. A retomada, que teve início no final do ano passado, influenciou fortemente o resultado recorde obtido pela companhia. "Vínhamos em uma negociação de um contrato muito grande com o Grupo Bertin e nesse período fechamos o acordo, o que fez com que terminássemos com um excelente ano".
Em 2010, a Areva Koblitz aposta no leilão de fontes renováveis, marcado para 18 e 19 de agosto, como oportunidade para garantir as vendas. "Estamos conversando com os investidors. Acredito que até o final do ano devemos fechar todos os pacotes de fornecimento, principalmente dos grandes equipamentos. Isso porque, com o aquecimento da economia, os preços começam a se deslocar. Então, para cumprir o que já deixamos acordado, precisamos amarrar neste ano", adianta Rego.
De acordo com o diretor comercial, a companhia já atingiu até o momento números muito próximos das vendas totais do ano passado, o que representa cerca de 400MW em capacidade instalada. Desse montante, cerca de 350MW respondem por equipamentos para projetos a biomassa e o restante por máquinas para pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
PCHs - No ano passado, as PCHs representaram perto de 40% do total das vendas da Areva Koblitz. Com isso, a companhia respondeu por 41% dos projetos da fonte implantados, em capacidade instalada. Neste ano, a proporção, ao menos por enquanto, é menor, na casa dos 12,5%.
"Temos percebido que as PCHs mais fáceis e rápidas já foram feitas. O que existe hoje são usinas em locais mais remotos, onde a conexão ao sistema de transmissão passou a ser fator determinante para a viabilização do projeto", opina o diretor comercial, Romero Rego. Para o executivo, as usinas passarão a sair do papel "de acordo com a epxansão da transmissão".
Fonte: Jornal da Energia 06/07

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