Elevar a participação das fontes renováveis e alternativas de energia na matriz brasileira, ampliar o desenvolvimento tecnológico e o planejamento na geração nuclear nuclear e investir na eficiência energética para reduzir o consumo. Essas são as principais metas do Plano Brasil 2022 para o setor elétrico. O objetivo é traçar perspectivas de longo prazo para o País em cada um dos setores da economia.
O documento vinha sendo elaborado desde 2009 pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e envolveu grupos de trabalho formados por técnicos da pasta, de todos ministérios, da Casa Civil e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Depois de receber atmbém contribuições de entidades e personalidades de cada setor, o plano foi fechado e enviado ao presidente Lula no último dia 30 de junho.
No detalhamento das ações a serem tomada, os investimentos em hidrelétricas e usinas eólicas e a biomassa são apontados como prioridades. A meta para as fontes renováveis é passar de 45,9% para 48,1% da matriz até 2022. A expansão da geração por hidrelétricas é prevista em 5,1GW por ano. Para a instalação de futuras usinas, é recomendada a viabilização de estudos de inventário, projetos básicos e licenças ambientais que permitam a licitação 35GW de empreendimentos até 2019 e de outros 15GW entre 2019 e 2022.
A biomassa aparece com o objetivo de passar de 1,2GW no Sistema Interligado Nacional (SIN) para 10,1GW, enquanto as usinas eólicas devem pular dos atuais 0,3GW para 8,9GW no período. Nos leilões, a ideia do plano é priorizar "as tecnologias renováveis mais competitivas", incluindo também na lista as plantas a gás natural.
No setor nuclear, o documento pede esforços para incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias para a implantação do ciclio completo do urânio e para formar novos profissionais, com centros de pesquisa avançada. Ainda e´prevista a cosntrução de uma nova usina nuclear, de 1.000MW de potência e o término dos estudos de localização para outras plantas nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Nesta área, o plano também prevê a construção de um depósito de rejeitos nucleares e o início da instalação do que seria o depósito definitivo desses materiais - que deveria estar pronto até 2026.
A eficiência energética tem suas metas, que apontam para a possibilidade de promover a substituição de equipamentos com alto nível de consumo e incentivar a produção e uso de outros mais eficientes. Também é colocada a sugestão de realização de leilões de eficiência energética - ideia já bastante ventilada pelo Ministério de Minas e Energia, mas que por enquanto continua sendo tema de estudos.
Em transmissão, é prevista a conexão do Sistema Manaus-Macapá ao SIN até 2012 e o foco na intergração energética com os países sul-americanos. Além de hidrelétricas na Guiana, no Peru e na Argentina, é prevista a ampliação da interconexão com países como a Venezuela e o Uruguai.
Fonte: Jornal da Energia 06/07
Nenhum comentário:
Postar um comentário