São Paulo - A instalação do aquecedor solar de baixo custo teve início em meados de abril e foi possível graças à união do Programa Projovem Trabalhador, da Companhia Pública Municipal Pró-Habitação, da Secretaria Municipal de Educação, da Organização Não-Governamental (ONG) Sociedade do Sol e, claro, do esforço dos jovens alunos.
A construção e instalação do aquecedor solar pelos jovens na creche Sueli Maria Hipólito, localizada no Jardim Santa Tereza, é fruto da continuidade e atividade prática do curso Construção Civil Sustentável, oferecido pelo Programa Projovem Trabalhador e ministrado pela Pró-Habitação.
A creche Sueli Maria Hipólito atende 258 crianças, com idade entre sete meses e três anos. Desde 2005, a creche vem implementando ações ambientais, propostas no processo de elaboração da Agenda 21 Escolar. João Batista de Freitas, diretor da creche, explica que foi em função deste histórico que a secretaria de Educação escolheu a creche para receber o aquecedor solar.
Lilian Farah Nagato, arquiteta e diretora técnica da Pró-Habitação, conta que uma das maiores dificuldades foi enxergar a dimensão do projeto de instalação na creche: “A tecnologia de aquecedor solar de baixo custo foi criada pela Sociedade da Sol para ambientes residenciais. Adaptar a tecnologia à demanda da creche foi um projeto muito ambicioso e só foi possível realmente enxergar a quantidade de trabalho quando começamos a executá-lo”. Para dar conta da demanda da creche, o projeto envolveu a instalação de 24 placas de PVC para captação de energia solar no telhado, duas caixas d´água de mil litros cada e dimmers em cada chuveiro elétrico para dosagem da energia em dias de pouco sol. Resta ainda concluir o sistema de tubulação para ligar as caixas d´água aos quatro pavilhões e isolar o sistema de tubulação para evitar a perda de calor.
O aquecedor solar foi instalado para aquecer a água de 18 chuveiros utilizados pelas crianças e duas torneiras elétricas da cozinha e lactário. O material usado na construção e instalação do projeto foi fornecido pela secretaria de Educação e pela Pró-Habitação. Por fazer parte do processo de aprendizagem dos jovens, não houve custos com a mão de obra. Cledison da Silva, Ordualdo dos Reis, Vanessa Rodrigues dos Santos, Gisele Cornélio dos Reis, Keila Andrade e Maikon Alexandre foram alguns dos alunos que se empenharam para dar andamento ao projeto, acompanhados pelo educador Vinicius Xavier.
Quando perguntado sobre a possibilidade de instalar aquecedores solares em outros lugares, o educador diz: “se dependesse de mim, instalaria no mundo todo”.
Apesar das dificuldades para viabilizar um projeto desta dimensão, o aquecedor solar de baixo custo é riquíssimo em benefícios. O principal deles é a economia de energia elétrica. Instrutores da ONG Sociedade do Sol estimam que a instalação do aquecedor solar de baixo custo pode gerar uma redução de até 30% na conta de luz. “O aquecedor solar promove também a sustentabilidade ambiental, uma vez que contribui para a preservação de florestas, rios e cachoeiras, usualmente afetados na construção de hidrelétricas”, lembra Vinícius Xavier.
O diretor da creche diz que não vê a hora do aquecedor solar começar a ser utilizado. A obra deverá ser concluída pelos jovens no início do mês de julho. A partir do uso será possível calcular com maior precisão a economia de energia mensal. A instalação do aquecedor solar de baixo custo na creche Sueli Maria Hipólito foi um projeto pioneiro e visa servir de exemplo para futuros projetos. A Pró-Habitação pretende instalar o aquecedor em casas populares construídas por ela em Embu. “É um projeto de baixo custo e de grande economia e beneficio para os usuários e o meio ambiente”, conta Lilian Nagato.
Fonte Procel info 30/07 - Governo Municipal de Embu
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