O Ceará quer sair na frente na geração de energia solar no Brasil. O Estado, que vai receber a primeira planta fotovoltaica do País, fruto de um projeto piloto da MPX Energia, já negocia diretamente com diversas empresas do setor e com fabricantes de painéis e equipamentos. As conversas são levadas adiante pela Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece).
De acordo com o diretor responsável pela área de energia renovável do órgão, Fernando Pessoa, já existem projetos sendo desenvolvidos, além da MPX, pelos grupos Martifer, Abengoa, Enel e Esbra.
"Além destes investidores, os maiores players mundiais fabricantes de componentes de geração solar, tais como Sharp, SMA, 3M, Gold Silicon e outros já estão negociando protocolos de intenção com o governo do Estado", adianta Pessoa. "O Estado fará chamadas públicas, até o final do ano, para os investidores que queiram gerar energia de fonte solar fotovoltaica e, posteriormente, para os interessados em comprar esta energia (os consumidores)", explica o diretor da Adece. De acordo com Pessoa, as empresas precisarão assumir compromissos de médio e longo prazo com a região para receber os benefícios fiscais que serão oferecidos.
Entre os atrativos colocados à disposição dos players está o Fundo de Incentivo à Energia Solar do Estado do Ceará (FIES). A previsão é de um orçamento de R$10 milhões para a aquisição da produção de usinas solares, que seria destinada ao abastecimento de prédios públicos."Basicamente, o FIES utiliza a ferramenta denominada feed in tarif, ou seja, arrecadará recursos provenientes do tesouro estadual, patrocinadores voluntários, indústrias incentivadas pelo FDI (Fundo de Desenvolvimento Industrial do Estado do Ceará) e outras interessadas em utilizar parcialmente energia solar", detalha o diretor.
"O governo do Estado está dando total suporte no que diz respeito à infraestrutura e incentivos fiscais estaduais para atração das empresas da cadeia produtiva da energia solar", garante o executivo da Adece. Pessoa lembra também do potencial da região, que conta com mais de 1.600h/ano de incidência solar. "O Ceará sai na frente e propicia uma atmosfera favorável aos investidores", afirma Pessoa.
FOnte: Jornal da Energia
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