Com a competitividade cada vez maior nos leilões de energia e a própria dificuldade do governo para obter licenças que autorizem a licitação de empreendimentos hidrelétricos, a Cemig decidu apostar em suas próprias usinas para crescer no campo de geração. A companhia preparou um plano para a repotenciação ou ampliação de 23 de suas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) já em operação. As plantas somam hoje 106MW em potência instalada e 56MWmédios em energia assegurada, que passariam a 305MW de capacidade e 151MWmédios em garantia. A expansão prevista é de cerca de 200%.
"Estamos colocando uma ênfase nesse projeto porque é algo que depende somente de nós, não depende de ganhar leilão", explica o gerente de engenharia civil e expansão de geração da Cemig, Guilherme Comitti. O executivo prefere não revelar os valores envolvidos, mas afirma que o investimento previsto "é compatível, e até um pouco inferior" ao que seria gasto pela companhia para construir uma série de usinas com a mesma potência instalada.
A autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para desenvolver os estudos para a expansão e modernização das usinas foi dada em fevereiro e agora a Cemig espera conseguir iniciar as primeiras obras relativas ao projeto já em 2012. As intervenções a serem aplicadas nas PCHs para o ganho de potência incluem troca e adição de máquinas, automação e mudanças operacionais.
Comitti ressalta ainda que o plano prevê "impacto ambiental mínimo" nas plantas e que nenhuma usina terá o reservatório ampliado. O executivo afirma que a ideia vem sendo maturada há algum tempo e passou por uma etapa em que as PCHs da companhia foram avaliadas para que fosse possível detectar em quais é possível obter maiores benefícios. "A Cemig tem 42 PCHs em operação, mas, nas outras (que não estão entre as 23 listadas), não compensaria".
Fonte: Jornal da Energia 22/3
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