É difícil imaginar a relação entre a pecuária e a produção cervejeira. Mas, uma coisa pode estar diretamente relacionada com a outra. A cervejaria Heineken Brasil, de Cuiabá, iniciou um processo inovador em 2005, quando passou a utilizar sebo bovino – que é descartado pelo mercado produtor de gado –, na produção de biocombustível.
De acordo com o gerente de sustentabilidade João Carlos Rodrigues a iniciativa está relacionada às diretrizes da empresa.
“Este tipo de combustível de fonte renovável é, em termos de emissões atmosféricas, 98% mais limpo em relação ao BFP (óleo combustível derivado de petróleo). Além disso, o sebo bovino ainda representava um resíduo da indústria de cortume de couro, que necessitava ser disposto em aterros, o que gerava graves danos ambientais como a geração de chorume, a redução da vida útil dos aterros e a emissão de metano proveniente da decomposição do material. Cuiabá é a melhor em toda nossa operação no Brasil e uma das melhores entre as cervejarias Heineken no mundo, estando abaixo das metas estabelecidas para 2020 no programa Brewing a Better Future da companhia”, informou.
Entre as principais vantagens de sua utilização estão: baixo custo de aquisição em relação ao óleo, menor impacto ambiental de suas emissões – baixo teor de enxofre e emissão de CO2. “No momento esta é uma oportunidade possível apenas nas regiões onde existe uma grande produção de gado. O que não significa que não haja uma busca por combustíveis mais limpos e melhoria no impacto ambiental nas outras cervejarias Heineken Brasil espalhadas pelo país”, disse Rodrigues.
A Heineken Brasil já estuda a implantação deste processo nas demais cervejarias da companhia espalhadas pelo Brasil. “O uso do sebo bovino trouxe enormes benefícios ambientais somados a um bom equilíbrio financeiro, fatores que são a base para que qualquer projeto possa ser considerado sustentável – é isto que estamos buscando para outras unidades da Heineken Brasil”,conta.
Fonte: A Critica
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