A MPX Energia dá os primeiros sinais de que pretende participar daquele que pode ser o primeiro leilão de fonte solar no Brasil. Diante da sinalização da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) de que esse certame pode ocorrer, a MPX solicitou à Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace) a ampliação da licença para sua planta fotovoltaica de Tauá. A unidade, localizada em município de mesmo nome, atualmente está em operação com 1MW de potência, embora possua autorização do órgão ambiental local e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para ampliação até 5MW.
"A MPX solicitou à ampliação da licença de Tauá para 50 MW", confirma a empresa, que faz parte do grupo EBX, do empresário Eike Batista. No entanto, a MPX explica que, apesar do início do licenciamento, a expansão para 50 MW dependerá "da implantação de um mecanismo de contratação que viabilize o investimento no projeto". A empresa lembra que "o governo federal já estuda um leilão para energia solar e o Ceará está em processo de estruturação Fies (Fundo de Incentivo a Energia Solar)".
A usina Tauá está em operação há seis meses. Segundo a MPX, a planta já gerou 808, 369MWh - o suficiente para atender, por exemplo, 8 mil televisores. Em agosto de 2011, a MPX anunciou a expansão da usina para 2MW em uma parceria com a GE. Para isso, mais 6,9 mil painéis estão sendo instalados, completando 11.580 módulos. No momento, Tauá é a única solar no Brasil que está conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Fies
O Fundo de Incentivo a Energia Solar (Fies) está nos planos do governo do estado do Ceará e tem como objetivo equalizar o custo da energia solar em relação aos praticados pelas demais fontes, como hídrica e eólica. A medida pretende dar competitividade para a fonte, bem como incentivar os empresários a investir nesse novo mercado.
Segundo a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), atualmente há empresas com um custo de geração solar próximo de R$450 por MW. O Fies então pagaria essa diferença entre o custo das outras fontes até que o preço, com o desenvolvimento da tecnologia, fique competitivo ao passo de não mais precisar desse recurso. Ainda de acordo com a Adece, esse fundo conta com R$10 milhões liberados pelo governo.
Fonte: Jornal da Energia 23/02
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