sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Engenheiros desenvolvem rede de energia sustentável de alto desempenho

Os engenheiros da ABB Group, renomada empresa de engenharia para automação, desenvolveram uma tecnologia de transmissão de energia, que une painéis solares, turbinas eólicas e outras fontes de energias renováveis em uma única rede. Esta tecnologia consiste em um disjuntor rápido e eficiente para linhas de alta tensão de corrente contínua (DC).
Os novos disjuntores desenvolvidos pelos engenheiros da ABB permitem que um enorme fluxo de energia correspondente ao de uma usina nuclear seja interrompido dentro de cinco milissegundos. Os equipamentos podem ser utilizados para quase instantaneamente alterar uma rota em uma grade de energia e contornar um problema. Os disjuntores podem cortar uma linha com defeito e manter as demais em funcionamento, evitando quedas de eletricidade.
As fontes de energia renováveis atuais não são suficientes para atender a uma grande demanda, já que os países teriam de instalar redes enormes para escalas mais largas de transmissão e combinar o poder das turbinas eólicas e painéis solares. Além disso, as linhas de energia convencionais utilizam corrente alternada (AC), que perde grande quantidade de energia em transmissões de longa distância.
As linhas de corrente contínua (DC) são mais eficientes para atender a longas distâncias e podem ser utilizadas de forma subterrânea e submarina, reduzindo ou eliminando a necessidade das conhecidas torres de transmissão. Mas até antes desta nova tecnologia da ABB, não era seguro conectar linhas de corrente contínua em uma rede de grande escala.
A ABB está agora desenvolvendo algoritmos para controlar seus novos disjuntores. O sistema ainda precisa trabalhar em conjunto com as linhas de corrente alternada (AC) para a distribuição de energia em comunidades locais, uma vez que não existem transformadores de baixo custo para corrente contínua (DC) para reduzir as tensões para os níveis relativamente baixos utilizados em residências e empresas. Um dos primeiros mercados para esta nova tecnologia poderá ser a Alemanha, que decidiu desligar suas usinas nucleares e hoje depende fortemente das fontes de energia renováveis.
Fonte: 180 graus 19/11

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