quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Potencial do RN continua na mira de investidores

Faltando alguns dias para o primeiro leilão de energia eólica no país, os projetos voltados à geração desse tipo de energia continuam a surgir no Rio Grande do Norte. Prova disso é que no sábado passado, as empresas WF Wind Holding e Campo dos Ventos Energias Renováveis tornaram público o fato de terem recebido licença prévia do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), para a implantação de parques eólicos nos municípios de João Câmara e Parazinho.
A geração de energia proveniente de fonte eólica no país soma pouco mais de 500 MW, mas o potencial é estimado em 143 mil MWA geração de energia proveniente de fonte eólica no país soma pouco mais de 500 MW, mas o potencial é estimado em 143 mil MW
A WF Wind Holding irá implantar três unidades de geração Morro dos Ventos, sendo uma em Parazinho e as outras duas em João Câmara. As mesmas cidades receberão as cinco unidades da Campo dos Ventos Energias Renováveis. Cada uma das oito unidades terá capacidade para gerar 28,8 megawatts (MW) de energia. Considerando que a média de investimento por megawatt gerado é de R$ 5 milhões, o total a ser investido pelas duas companhias no estado será de R$ 1,152 bilhão.
A licença prévia para a construção de um empreendimento é concedida pelo Idema na etapa preliminar do projeto. O documento contém os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas suas fases de localização, instalação e operação, observando a viabilidade ambiental nas fases seguintes ao licenciamento.
A New Energy Options é outra que tem investimentos no gatilho para o Rio Grande do Norte. Com capacidade total de geração de 151,8 MW e investimento total superior a R$ 293 milhões, a companhia está implantando o parque eólico de Alegria I e Alegria II, no município de Guamaré. Apenas nos equipamentos das usinas, o total investido soma R$ 450 milhões.
O contrato para financiamento da Alegria I foi assinado no dia 15 do mês passado, no valor de R$ 250 milhões, entre a New Energy Options (NEO) e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Ainda não há previsão de quando será assinado o contrato de financiamento relativo à construção da Alegria II, cujo valor será de R$ 380 milhões, também através do BNB.
A previsão para a entrada em funcionamento da usina Alegria I é o dia 31 de agosto do próximo ano. A usina irá gerar 51 MW, o que corresponde, aproximadamente, ao abastecimento de 70 mil residências.
A Alegria II abrigará 61 aerogeradores, que serão responsáveis pela geração de 100,8 MW.
Após a finalização dos dois parques, a energia produzida será suficiente para abastecer cerca de 200 mil residências, evitando assim, a emissão de cerca de 120 mil toneladas por ano de CO2 na atmosfera. A energia que será gerada pelas duas usinas eólicas já foi vendida à Eletrobras, através do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA).
O potencial eólico para a geração de energia elétrica do Brasil é estimado em 143.000 MW, mas atualmente o total de geração de energia elétrica proveniente de fonte eólica no país soma pouco mais de 500 MW.
Leilão
O primeiro leilão de energia eólica no Brasil, marcado para ser realizado no próximo dia 14 de dezembro, será determinante para que os projetos previstos para o Rio Grande do Norte sejam postos em prática. A expectativa da Secretaria de Energia do RN e da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeólica) é de que o governo federal compre pelo menos 1,5 mil MW médios.
Com 134, dos 441 projetos inscritos em todo o Brasil, o Rio Grande do Norte é o estado com maior número de projetos e potencial de energia ofertado, entre os estados participantes. Os contratos firmados a partir do leilão terão duração de 20 anos. o estado. O edital do leilão foi lançado há pouco mais de uma semana dando pistas do quão acirrada será a disputa, mas não respondeu a principal dúvida dos estados e dos investidores: quanto de energia o governo federal está realmente disposto a comprar.
Fonte: Tribuna do Norte

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