quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

UE aprova planos para reduzir emissões e promover energias renováveis

A Comissão Européia, órgão executivo da União Européia, aprovou nesta quarta-feira (23/01) um pacote de medidas para combater a mudança climática.
Fazem parte do pacote planos para reduzir as emissões de CO2 (dióxido de carbono) e promover o uso das energias renováveis e dos biocombustíveis.
"Estamos satisfeitos com o resultado. Conseguimos aprová-lo por consenso", anunciou o presidente da CE, José Manuel Durão Barroso, no plenário do Parlamento Europeu, reunido em sessão extraordinária.
"É certo que terão um custo, mas é um custo possível de ser assumido, e temos que compará-lo ao custo que teria se não fizéssemos nada", afirmou Durão Barroso.
Segundo ele, se a União Européia não empreender um plano ambicioso de redução das emissões, o custo para os europeus será de 60 euros (R$ 158) por semana para cada pessoa, mais de 20 vezes mais que o custo atual.
Durão Barroso falou sobre a "oportunidade" que a transição para uma economia de baixas emissões representa para a Europa e para sua indústria.
Ele afirmou, por exemplo, que o setor das energias renováveis vai gerar pelo menos um milhão de empregos para a UE em 2020, de acordo com os cálculos da Comissão Européia, e que a liderança do bloco na luta contra a mudança climática permitirá que a indústria européia seja competitiva.
Concorrência
"Pode haver setores em que a redução das emissões terá um impacto real na competitividade com companhias de países que não fazem nada", reconheceu.
Por isso, ele afirmou que o órgão dará segurança legal às companhias. Segundo Barroso, "não faz sentido ser rígido na Europa se simplesmente houver uma transferência da produção para países que permitem emitir livremente".
"Não queremos exportar nossos postos de trabalho para outros países", disse Durão Barroso, em uma frase recebida com grande ovação dos eurodeputados.
Assim, ele assegurou que se não houver um acordo internacional pós-Kyoto a UE buscará fórmulas para impor aos importadores requisitos ambientais similares aos de seus concorrentes europeus.
Fonte: Folha Online

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