sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Energia eólica atrai franceses

Até o fim deste ano, a produção eólica do Estado deverá ser acrescida de 500 megawatts, com mais 14 projetos
O potencial de ventos no Ceará tem atraído empresas de outros países. O mais recente interesse partiu de uma companhia francesa, a Cegelec, instalada no País, em São Paulo, que está prospectando para instalar um parque eólico na Serra da Ibiapaba, para a produção de 400 megawatts. Uma analogia com um projeto de 60 megawatts, que envolve recursos de R$ 250 milhões, estima-se uma aplicação de R$ 1,75 bilhão no empreendimento.
Na ótica, de Otacílio Borges Filho, secretário adjunto da Seinfra (Secretaria de Infra-estrutura do Governo do Estado), que repassou as informações, ´há possibilidade de uma grande produção capaz de alavancar o desenvolvimento de energia alternativa no Ceará´.
Planta atual
Atualmente, existem três pequenos parques em funcionamento, gerando 17,5 megawatts de energia eólica. Eles estão interligados à rede elétrica da Companhia Energética do Ceará (Coelce), podendo assegurar o abastecimento de cerca de 50 mil residências, com consumo médio mensal de 80 kilowatts (KW).
Mas, até fim de 2008, esta produção deverá ser acrescida de 500 megawatts, com a entrada de mais 14 projetos, beneficiados pelo Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica). ´A idéia é que até o fim deste ano, a energia produzida pelos ventos responda por 20% do total consumido no Estado´, salientou o secretário-adjunto. ´Com a produção de 517 MW, vamos ficar na vanguarda, uma vez que atualmente o maior parque de energia eólica está localizado no Rio Grande do Sul, com produção de 200 MW, seguido do Rio Grande do Norte, com 50 MW´, acrescentou.
Segundo Borges, um estudo que resultou no Atlas Eólico do Estado do Ceará, aponta para um potencial eólico de 25 mil MW on-shore (terra), podendo chegar a 35 mil megawatts, com mais 10 mil MW off-shore (mar). ´Isso significa mais de 10 vezes a demanda máxima de energia elétrica requerida pelo Estado, que varia entre 1.200 MW e 2.400 MW´, disse.
Estado terá parque
O secretário-adjunto da Seinfra fez menção também ao parque eólico do próprio Estado a ser instalado em São Gonçalo do Amarante. São 60 megawatts a serem licitados junto à PPPs (Parcerias Público-Privadas), com investimentos da ordem de R$ 250 milhões. Segundo destaca, esse projeto ainda está sem prazo para iniciar, por estar na fase de conclusão de licenciamento.
'Estamos dependendo das tratativas com a Eletrobrás e Aneel. Logo que a licença seja liberada, lançaremos o edital, que com certeza vai ocasionar uma correria dos investidores, em função de sua rentabilidade´, pontuou Borges.
Fonte: Diário do Nordeste

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