sexta-feira, 18 de abril de 2008

Energia solar, limpa, renovável e sem agressão ao meio ambiente

Energia limpa, renovável, sem agressão ao meio ambiente e de fácil utilização no Brasil, País de dimensões continentais e favorecido pelo sol praticamente o ano inteiro. Simples placas solares são capazes de captar a luz solar e transformá-la rapidamente em energia elétrica. Ao contrário das usinas hidrelétricas, amplamente usadas no Brasil hoje, não é necessário investimento milionário na construção das mesmas. Também não existem danos ao meio ambiente, às propriedades rurais ou às pessoas. E muito menos gera lixo radioativo, como as usinas nucleares – lembrando que o governo federal insiste em querer terminar a Usina de Angra 3, no Rio de Janeiro.
Por isso, apresentei projeto de lei na Assembléia Legislativa de Goiás instituindo a Política Estadual de Incentivo ao Aproveitamento da Energia Solar. A energia solar não pode continuar a passar despercebida pelo Brasil, principalmente em Goiás, Estado que é literalmente banhado pelo sol praticamente os 365 dias do ano. Em algumas épocas, os termômetros superam os 38° C.
Hoje, em muitas casas, a energia solar já é aproveitada, mas apenas no aquecimento de água. É um sinal de melhoria, pois se estima que seu uso substitui torneiras e chuveiros elétricos, podendo representar economia de até 35% no consumo elétrico de uma residência – o aproveitamento da luz solar é mais barato que o da chuva. Mas é preciso mais, bem mais.
No Brasil, Belo Horizonte é a capital que mais investe no aquecimento solar. São mais de 1,2 mil prédios no novo sistema, e tudo com o apoio da Cemig (Centrais Elétricas de Minas Gerais). Segundo pesquisa feita em uma rede hoteleira que aderiu às placas solares, a economia foi de até 15% no faturamento, podendo representar mais de 20% do consumo de energia elétrica e até 45% do consumo global de recursos energéticos.
Em São Paulo, inclusive, o governador José Serra (PSDB) demonstrou preocupação semelhante e aprovou projeto que obriga as novas edificações a ter ou disponibilizar equipamentos para a energia solar. O projeto começa a vigorar a partir de agosto deste ano. A obrigatoriedade é total para casas novas com quatro ou mais banheiros e para aquecimento de piscinas novas ou antigas, que estejam recebendo sistemas de aquecimento novo. Residências novas com até três dormitórios deverão ter infra-estrutura instalada pronta para receber o aquecimento solar no futuro.
Por isso, o nosso projeto de lei prevê incentivos do Estado às empresas que comercializarem produtos inerentes ao sistema de energia solar. O governo estadual também poderá apoiar a implantação e o desenvolvimento de projetos que contemplem como fonte subsidiária de energia, a utilização de equipamento de energia solar.
E o País necessita imediatamente diminuir sua dependência de São Pedro, ou seja, a dependência da água da chuva para se livrar dos temidos apagões. Não é possível que ano após ano as usinas hidrelétricas continuem dando sustos na população, sem falar no chamado horário de verão que sacrifica quase toda a população, em nome da redução do consumo de energia elétrica. Aproveitar a energia solar em larga escala pode ser uma grande saída para fugirmos da escassez de energia no presente e, principalmente, no futuro.
Fonte: Opinião

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