quarta-feira, 23 de abril de 2008

IPCC vai desenvolver relatório sobre energia renovável

Hungria - O Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) vai desenvolver um relatório especial sobre os impactos da energia renovável na mitigação dos efeitos da mudança climática. A previsão é que o documento fique pronto em 2010. A decisão foi tomada na última reunião do grupo em Budapeste, Hungria, na semana passada.
O documento vem no rastro do Relatório 4 do grupo que mostrou que, ao lado da eficiência energética, a energia renovável pode contribuir para mitigar as mudanças climáticas já em 2030, e mais significativamente em 2100.
O relatório vai abordar informações necessárias para políticas de planejamento, setor privado e a sociedade civil. O documento vai aprofundar os recursos por região e os impactos nas mudanças climáticas; a mitigação potencial dessas fontes; os impactos na segurança energética global, regional e nacional; as opções e obstáculos para integração no sistema de fornecimento de energia; entre outros.
O Greenpeace elogiou a iniciativa do grupo que trará "mais evidências de que as tecnologias renováveis podem atender as necessidades energéticas mundiais sem agravar a mudança climática". "Nós esperamos que o relatório convença os governos a urgentemente investirem em soluções energéticas reais", disse Sven Teske, especialista em energia do grupo ambiental, em nota a imprensa.
Segundo sugestão apreciada pelos membros do IPCC, o relatório será dividido em capítulos sobre Bioenergia, Hidroeletricidade, Energia Solar, Energia Eólica e Energia das Marés, além dos impactos e integração aos atuais e futuros sistemas elétricos.
MDL
A Organização das Nações Unidas (ONU) informou nesta semana que foi registrado o milésimo projeto no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, parte do Protocolo de Kyoto. O projeto de eficiência energética é de Andhra Pradesh, na Índia, e deve reduzir as emissões de gases do efeito estufa em mais de 34 mil toneladas anualmente.
Os projetos inscritos no MDL geraram mais de 135 milhões de reduções certificadas de emissões (CER, na sigla em inglês). O mecanismo deve gerar mais de 2,7 bilhões de CERs durante todo o primeiro período do protocolo.
Fonte: Agência CanalEnergia - 18.04.2008

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