sexta-feira, 27 de junho de 2008

EDP Renováveis compra brasileira Cenaeel

Dívida líquida da Cenaeel ascende a 6,3 milhões de euros

Energia. Empresa está avaliada em 20,2 milhões
A EDP Renováveis comprou 100% do capital da brasileira Central Nacional a Energia Eólica (Cenaeel), uma empresa avaliada em 20,2 milhões de euros. Com esta compra, a participada do grupo EDP entra no mercado eólico do Brasil.
"Com esta aquisição a EDP Renováveis sinaliza a sua entrada no mercado eólico brasileiro, reafirmando o compromisso enquanto operador independente, para capturar oportunidades que permitam um crescimento rentável com risco controlado", revelaram os gestores da EDP Renováveis em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
A operação é efectuada através da plataforma criada com a Energias do Brasil, detida a 55% e 45%, respectivamente.
A Cenaeel tem um conjunto de parques e projectos eólicos no Brasil avaliado em 51 milhões de reais (cerca de 20,2 milhões de euros). Em Dezembro de 2007, a empresa brasileira agora comprada pela EDP Renováveis detinha uma dívida líquida de 16 milhões de reais (cerca de 6,3 milhões de euros).
A Cenaeel, criada em 2002, é o primeiro operador privado no mercado eólico brasileiro e, dos 84 megawatts a que respeita a aquisição, 14 megawatts já estão em operação. Estes projectos juntam-se aos 216 megawatts que a EDP Renováveis está já a desenvolver no Brasil.
A conclusão do processo de compra de 100% das acções da Cenaeel está sujeita às autorizações administrativas e contratuais necessárias, acrescenta o mesmo comunicado da empresa.

Capital de risco

A EDP anunciou entretanto que está a preparar o lançamento de um fundo de capital de risco, a ser gerido pela EDP Inovação, no valor de 40 milhões de euros. "O objectivo é descobrir, por antecipação face ao mercado, tecnologias que representem valor para o grupo EDP", disse Luís Filipe Manuel, administrador da EDP Inovação, citado pelo Diário Económico. O fundo tem uma natureza mista, sendo 50% do capital destinado a investimentos directos em empresas e a outra metade em aplicações em outros fundos de capital de risco.
Em relação aos investimentos directos, a maior cotada portuguesa procura empresas "com alguma maturidade" no sector energético, sendo que microgeração, armazenamento de energia e redes inteligentes são algumas das "áreas privilegiadas". O grupo eléctrico também não fecha a porta a empresas em fase de arranque, "podendo muitas vezes ser o primeiro cliente de uma solução inovadora".
Quanto ao investimento em outros fundos de capital de risco, o primeiro negócio "está prestes a ser concluído e será nos Estados Unidos".
O Norte da Europa e os mercado asiáticos são outros alvos da empresa portuguesa.
(FONTE:DIÁRIO DE NOTÍCIAS)

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