terça-feira, 24 de junho de 2008

Reunião na Arábia Saudita discute renováveis

Chefiada pelo ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, a missão brasileira presente à reunião promovida pelo governo da Arábia Saudita ontem, em Jeddah, discutiu com as maiores empresas produtoras de petróleo de todo o mundo, países exportadores (reunidos na OPEP) e os maiores países consumidores, o problema dos altos preços do combustível e a complexa questão energética mundial. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, fez parte da missão brasileira.
Durante o encontro em Jeddah, também foram debatidas questões como preservação do meio ambiente e energias alternativas. O ministro de Minas e Energia, ao fazer a Declaração do Brasil, defendeu a tradição brasileira de produção de biocombustíveis, enfatizando que essa indústria em nada afeta a produção de alimentos. "O país dispõe de áreas suficientes para alimentos e biocombustíveis", assegurou o ministro Lobão.
"O encontro foi muito importante porque reuniu, pela primeira vez, grandes empresas produtoras, países produtores e exportadores (reunidos na OPEP) e grandes países consumidores, como Japão, Índia, China. A discussão sobre preços, demanda e oferta é extremamente complexa", avaliou Gabrielle, após nove horas de reunião. "O problema envolve múltiplos fatores, e esse conjunto o afeta de forma diferenciada", acrescentou.
"Alguns agentes chamam atenção para o problema da demanda que cresce, principalmente em países não desenvolvidos, o que é bastante positivo, pois demonstra crescimento e melhoria da qualidade de vida da população. Outros agentes, entretanto, levantam problemas relativos à oferta do produto, tanto na área de refino, como de produção", observou o presidente da Petrobras.
"Fala-se também do aumento de custos na indústria e das peculiaridades de alguns países - uns mantêm subsídios e combustível barato, outros mantêm taxação extremamente elevada e os preços altos", afirmou Gabrielle.
Ao sair da reunião, o presidente Gabrielli deixou claro que, apesar da extrema preocupação com a situação mundial, "o Brasil tem perspectivas favoráveis, tanto no que diz respeito ao aumento considerável de petróleo, com as recentes descobertas da Petrobras, como na produção de biocombustíveis".
(FONTE:INVEST NEWS)

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