terça-feira, 24 de junho de 2008

Espelho parabólico de baixo custo poderá viabilizar energia termo-solar

Nem sempre a tecnologia mais avançada é a solução ideal. Com esta idéia em mente, um grupo de estudantes do MIT, nos Estados Unidos, decidiu construir o protótipo daquele que poderá se tornar o sistema de geração de energia solar mais eficiente do mundo quando se leva em conta o custo de geração da energia.

Coletor solar com espelho de banheiro

O sistema foi montado inteiramente com peças compradas no comércio. O prato parabólico, com 3,6 metros de diâmetro, foi feito com tubos de alumínio e recoberto com espelhos comuns, do tipo usado em banheiros. Ele é capaz de concentrar a luz do Sol por um fator de 1.000, criando um foco de calor suficiente para fundir uma barra de aço.
O formato parabólico da estrutura é obtido fazendo-se furos em locais precisos nos tubos de alumínio. Quando a estrutura é montada esses furos fazem com que ela assuma automaticamente a curvatura parabólica.

Geração termo-solar de eletricidade

A idéia, porém, não é construir um forno solar, mas um sistema de geração de eletricidade. O calor será dirigido para o núcleo de um sistema de serpentinas, fazendo com que a água que circula em seu interior se transforme instantaneamente em vapor, girando uma turbina que acionará o gerador de energia.

Energia solar barata

O segredo para construir um sistema tão eficiente em termos de custos foi encontrar um tamanho ótimo para o prato coletor. Os pesquisadores descobriram que menor é realmente melhor neste caso. Ao contrário do que acontece com várias tecnologias, onde são os ganhos de escala que viabilizam sua utilização, um prato parabólico menor exige uma estrutura de suporte muito mais simples.
O resultado é que o coletor pequeno custa apenas um terço do que custaria um prato parabólico de grandes dimensões quando se compara a geração de energia por área do coletor.
O recorde de eficiência de geração de energia termo-solar - tecnicamente falando, e não em termos de custos - pertence a um coletor de grandes dimensões.

Meta é desenvolver tecnologia para captação de energia solar

O aumento da demanda por alternativas renováveis de energia levou o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) a desenvolver um projeto pioneiro no país para a criação e operação de uma miniusina termelétrica solar. A meta do projeto, criado em parceria com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), é desenvolver a tecnologia para captação de energia solar.
"O convênio com a Cemig foi criado em 2002 e depois de dois anos de pesquisas, a construção do primeiro módulo de captação de energia foi iniciada", explica o coordenador do projeto e professor do curso de engenharia mecânica do Cefet-MG, José Poluceno Braga.
Construída apenas com materiais disponíveis no mercado nacional, a miniusina utiliza concentradores cilíndrico-parabólicos para a captação de energia. De acordo com Braga, esses coletores funcionam refletindo a luz do sol, que elevam a temperatura do equipamento, gerando vapor e energia.
O projeto da miniusina está sendo desenvolvido no campus II do Cefet-MG, dentro do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por professores e estagiários da instituição, apoiados por consultores especializados da Cemig.
Com a conclusão do projeto, previsto para 2009, o equipamento será doado ao Cefet-MG para servir como laboratório de energia solar térmica e beneficiará diretamente alunos dos cursos de engenharia mecânica e elétrica.
(FONTE:INOVACAO TECNOLOGICA)

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