O território do Nordeste brasileiro é fonte privilegiada para a geração de energias limpas ou alternativas, recomendáveis para os modernos projetos de desenvolvimento. O vento e a luz do sol, patrimônios naturais e renováveis, são fontes limpas, fartas, permanentes e estáveis no decorrer de todo o ano. Nesse contexto, o Ceará se posiciona em situação favorável, como provam bem-sucedidos empreendimentos particulares e de gigantes estrangeiras já implantados. Além disso, o Estado é um dos pioneiros na pesquisa e aplicação do biocombustível.
Em face da instabilidade do preço do petróleo, o assunto pertence à estratégia da economia mundial e foi recentemente instalada em Bonn, Alemanha, a Agência Internacional de Energias Renováveis das Nações Unidas (Irena, sigla em inglês para International Agency for Renewable Energy). O Brasil participou do conclave como um dos países signatários do estatuto da entidade, assumindo assim importante papel na execução de propostas que promovam o crescimento do setor durante a transição das fontes energéticas tradicionais, como os combustíveis fósseis, para fontes renováveis como sol, água, geotermia, vento e biomassa.
A demanda que se impõe à sociedade, de não perder de vista os movimentos nesse campo relativamente novo e que se revela vital, justifica-se em duas frentes. A primeira diz respeito às normas acordadas no sentido de se preservar o ambiente natural. A segunda tem relação direta com as garantias que cabem às comunidades situadas nos entornos dos empreendimentos. Aglutinam-se as condições sociais, naturais e econômicas de relevo para a eficiência de programas que se referem não só a necessidades locais, mas planetárias.
O Ceará abriga oito dos principais projetos de usinas eólicas do Brasil, colocando-se, desse modo, em lugar de destaque entre parques nacionais e respondendo por cerca de 30% da potência contratada no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), do governo federal. O primeiro projeto com base nesse programa foi executado na Praia das Fontes, no Município de Beberibe, com potência de 25,6 megawatt, com capacidade de abastecer de energia 200 mil pessoas. Ainda está em via de ser instalada no Pecém uma usina geradora de energia a partir do movimento das ondas, ao custo aproximado de R$ 3 milhões.
Igualmente, o Estado mantém, como parceria entre governos municipais e empresas, um Centro de Energias Alternativas e Meio Ambiente. Está comprometido, portanto, por sua própria vocação geográfica, com a vanguarda científica e empresarial que se contrapõe à exploração de matrizes energéticas finitas, poluidoras e politicamente incertas. Contudo, a crise internacional está provocando impacto no ritmo de crescimento nos projetos de energia eólica e solar. A falta de crédito reduziu a venda de aquecedores solares. Esse desempenho comercial declinante e a queda do preço do petróleo podem determinar o adiamento dos investimentos previstos em novas usinas.
fonte: diário do nordeste
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