Uma grande variedade de modelos e marcas de carros movidos à eletricidade ganha cada vez mais espaço no mercado. Com base neste grande interesse pela tecnologia, especialistas prevêem que, para o final da próxima década, as vendas anuais de Veículos Elétricos (VEs) sejam da ordem de três a quatro mil unidades.
Com isso, estima-se que carro elétrico consumirá de 3 a 5 MWh por ano, podendo variar de acordo com o uso e o consumo por km rodado de cada veículo. Comparado ao consumo total de energia elétrica, o consumo dos VEs representará de 3% a 5% daqui a 20 anos. A estimativa foi estudada durante o 1º Seminário Veículos Elétricos & Rede Elétrica ( VER2009), que aconteceu em junho, no Rio de Janeiro (RJ).
Para Pietro Erber, diretor do Instituto Nacional de Energia Elétrica (INEE) e palestrante do VER2009, não se prevê dificuldades para atendimento deste aumento de demanda pelo uso de VEs considerando a possibilidade de ajustar a expansão do sistema elétrico brasileiro, no médio e longo prazo, de acordo com o crescimento desta carga.
“Pelos prazos previstos, essa preparação é certamente possível, particularmente a nível macro, isto é, de geração elétrica. As redes de distribuição terão que ser reforçadas em algumas áreas onde a concentração dessas novas cargas (os veículos cujas baterias estarão sendo carregadas) for maior. Prevê-se que o aumento de carga corresponderá a uma antecipação de um a dois anos do crescimento do mercado, daqui a 20 anos, aproximadamente".
Acredita-se que uma parte importante dessas vendas sejam de veículos híbridos que não recebem energia da rede ou de híbridos plug-in, estes parcialmente alimentados pela rede elétrica. De acordo com Erber, tudo dependerá de política fiscal, da evolução tecnológica das baterias e da política das montadoras de automóveis que de certa forma precisarão ser estimuladas a produzirem esses novos veículos. Hoje, no Brasil, circulam cerca de 30 milhões de carros leves. Portanto, mesmo que a penetração de VEs seja modesta, o impacto em termos de mercado consumidor e fornecedor será relevante.
fonte: portal lumiere
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