sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Energias alternativas precisam de rede de distribuição

Pode a Europa ser movida a energias renováveis? A questão é colocada pela Campanha Europeia de Energia Sustentável que pede aos estados-membros da União Europeia que trabalhem na rede europeia de electricidade e apostem no mercado europeu da energia, depois de analisar o último relatório de European Academies Science Advisory Council (EASAC).

A energia sustentável é produzida longe dos consumidores finais diz John Holmes, da Universidade de Oxford e secretário do EASAC que, recentemente, lançou o trabalho “Transforming Europe's Electricity Supply – An Infrastructure Strategy for a Reliable, Renewable and Secure Power System”. O especialista defende que é preciso criar uma rede que transporte a energia através da Europa se “não podem ser armazenados”. Assim, “o montante gerado tem que estar em equilíbrio com a quantidade utilizada”, afirmou, mas é necessário “criar um mercado europeu da electricidade”.

“A Lituânia deve ser capaz de comprar energia gerada em campos de energia solar em Espanha, a Polónia deverá ser capaz de comprar energia gerada em eólicas no mar da Dinamarca: o aumento da concorrência e a capacidade de fornecer directamente a electricidade vai resultar em maior eficiência e, em última análise, os preços mais baixos para o cliente”, conclui.

Actualmente, a rede europeia de energia sofre de condicionamentos nacionais e o grupo de trabalho liderado por Michael Sterling, da Universidade de Birmingham, indica que o necessário aumento do uso da energia eólica e solar deve passar por melhoria no planeamento europeu, nas infra-estruturas e nas operações. Os transportadores deverão trabalhar mais perto uns dos outros numa dinâmica saída da própria União, que também deveriam padronizar os subsídios de incentivo, defende Holmes.

E respondendo à sua própria pergunta(“Pode a Europa ser movida a energias renováveis?”) John Holmes responde afirmativamente, desde que sejam tomados os passos necessários e as medidas correctas.

fonte: ciencia hoje

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