A energia solar gerada por meio de módulos fotovoltaicos deve se tornar financeiramente viável no Brasil em cerca de cinco ou seis anos. A estimativa é do professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (IEE-USP), Roberto Zilles, que é especialista no segmento. O cálculo foi feito com base em instalações nos prédios do próprio instituto, onde, atualmente, o MWh sai por cerca de R$800 - contra um valor próximo de R$350 cobrado na rede. Para prever a evolução do custo da geração, foi estipulado que a tarifa de energia das distribuidoras deve subir 6% ao ano, enquanto a vinda das placas solares deve baixar 5% por ano - o que tornaria os preços equivalentes ao fim do período.
"Isso é ao mesmo tempo uma boa e uma má notícia. Porque esse período é pequeno para o mercado se desenvolver e se preparar. Então, não podem ser poupados esforços na área de recursos humanos. Isso demandará engenheiros. Hoje existe uma carência, não há engenheiros qualificados e experientes o suficiente", alerta Zilles.
O estudioso acredita que o desenvolvimento da fonte no País deve acontecer principalmente com a instalação de módulos em edifícios. Ele cita como negativa a experiência espanhola, que apostou em grandes campos de geração. "É melhor pensar nisso somente quando a energia solar for mais competitiva. É preciso antes criar escala, com as instalações de placas em telhados, por exemplo, para diminuir o custo antes de se pensar nisso".
O professor José Goldemberg, do Centro de Estudos de Energia e Sustentabilidade da FAAP, ainda criticou o modelo adotado anteriormente para desenvolver a fonte. "Por muito tempo foi incentivada a energia solar em sistemas isolados e isso não levou a nada. Você precisa do governo no começo, para dar estímulos, e depois o mercado pega. Vamos ter essa experiêcnia agora, com a energia eólica, já que haverá um grande leilão".
Zilles também comemorou a aprovação do marco de energias renováveis - o Projeto de Lei 630 - pela Câmara dos Deputados. O texto, que agora segue para o senado, prevê incentivos à microgeração solar. "Isso possibilitaria a criação de um mercado".
Fonte: Jornal da Energia
Um comentário:
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