Sob a coordenação do prof. Raad Qassim, o projeto que visa a seleção dos melhores sítios para a instalação de usinas de energia elétrica de correntes de maré no Brasil através do desenvolvimento de um modelo matemático de otimização da COPPE/UFRJ, foi premiado na quarta-feira (08/12)numa cerimônia em Brasília e contou com a presença do Sr. Luciano Schweizer, do BID, Sr. Pedro Gamio Aita, gerente regional do GVEP International e Sr. Dirk Assmann, diretor do programa energia da GTZ no Brasil.
Dentro da proposta de apoio à inovadores que promovam as energias renováveis o seu melhor uso e os melhores acessos, o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID realizou em parceria com a ONG Global Village Energy Partnership (GVEP), o governo coreano, a GTZ empresa estatal alemã, o concurso IDEAS de inovação em Energia, a maior fonte de financiamento para desenvolvimento da América Latina e o Caribe. Os critérios de avaliação das propostas foram o grau de inovação, o impacto econômico, social e ambiental do projeto, a replicabilidade da iniciativa e a sustentabilidade financeira.
Com mais de mil propostas de 28 países da América Latina e Caribe, foram 26 projetos premiados dos quais, cinco do Brasil.
O projeto usará dois locais (Amazonas e Maranhão) para fornecer um modelo matemático para a otimização da extração de energia das correntes de maré. Este processo de seleção de sítios deve levar em consideração dos seguintes critérios: 1. Quantidade de energia que pode ser extraída no sítio: 2. Proximidade do sítio com uma rede de geração de energia elétrica já em operação: 3. Efeito da usina sobre a navegação na região onde o sítio é localizado: 4. Efeito da usina no eco-sistema na região onde o sítio é localizado.
O elemento de inovação deste projeto reside na promoção da energia das marés, que é amplamente considerada como uma boa fonte de energia renovável. É que embora a grande disponibilidade deste tipo de energia seja fundamental para o desenvolvimento político, econômico e social destas regiões. O projeto visa a criação das 25 plantas de produção de 5 megawatts cada uma.
O projeto vai gerar emprego para a população local e, potencialmente, uma infra-estrutura completamente nova para as áreas em que se baseia. No curto prazo, o projeto pode ser expandido por exportar a tecnologia de piloto para outros sites, enquanto resultados positivos em longo prazo podem levar a uma maior expansão e comercialização.
Contribuição: Luciana Machado
Fonte: Olhar Direto
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