terça-feira, 11 de maio de 2010

Espanhóis inauguram fábrica de torres eólicas em Pernambuco

A partir desta quarta-feira (12/05), o Brasil passa a contar oficialmente com mais um fornecedor de equipamentos eólicos instalado em território nacional. Às 16 horas, a RM Eólica inaugura sua fábrica em Pernambuco, com a presença de executivos e autoridades do governo local. A unidade, que recebeu investimentos de R$100 milhões, vai produzir torres para os parques que geram energia através dos ventos. A capacidade inicial de produção da planta é de 400 torres por ano, o que deve gerar cerca de 400 empregos.
O empreendimento é bancado pelos grupos espanhóis Gonvarri e Gestamp Eólica, ambos controlados pela mesma família. No Brasil, o nome da empresa criada para tocar o negócio é RM Eólica Pernambucana S.A. O diretor financeiro do grupo Govarri no Brasil, Osmar Rocha, lembra que o interesse dos espanhóis pelo mercado brasileiro é antigo. "Os estudos de viabilidade se iniciaram em 2008. Agora, a fábrica já opera em uma fase inicial e já temos um contrato em andamento. É uma parceria com a Vestas e já entregamos a eles algumas unidades, algo em torno de 20 torres", adianta o executivo.
A unidade da RM Eólica está instalada em Suape, localidade que já abriga a Impsa, fabricante argentina de aerogeradores. A localização é estratégica, devido à presença do Porto de Suape, que tem atraído diversos empreendimentos para a região. A chegada da nova fornecedora também vem em um momento favorável, já que o governo promete para este semestre mais um leilão para a contratação de energia de parques eólicos. Após o primeiro certame, realizado em dezembro passado, importantes nomes da indústria eólica, como GE e Siemens, já anunciaram que se instalarão no Brasil.
Para o próximo certame, que, além de eólicas, vai contratar pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e usinas a biomassa, foram cadastrados 399 projetos eólicos que somam 10.669MW em capacidade instalada. Em dezembro passado, o leilão de reserva acabou com a contratação de 1.805MW da fonte.
Fonte: Jornal da Energia 11/5

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