sábado, 19 de junho de 2010

Nuclear em Portugal só após 2020

De acordo com o responsável, que falava na conferência promovida pelo SOL, «Portugal não precisa nesta altura de potência técnica adicional».
Por outro lado, acrescentou, «face à dimensão de uma central nuclear só vale a pena pensá-la numa lógica ibérica e Espanha não está nesta altura a pensar construir novas centrais».
Manso Neto lembrou que Portugal tem em curso um programa de construção de barragens, centrais a gás natural e energias renováveis, pelo que «só no pós-2020 teremos de pensar se precisaremos de mais centrais térmicas para a base do sistema. Até lá não vale a pena pensar no nuclear».
Também Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal, disse que deve debater-se o nuclear.
«Nunca tive medo de o debater e aconselho os países que já têm parques termo-nucleares a conservá-los bem».
O responsável também considera, no entanto, que não existem condições em Portugal, até por uma questão de preço para construir centrais nucleares, mesmo que subsidiadas.
«Em Portugal ninguém vai fazer uma central nuclear. Não existem condições».
O vice-ministro do ambiente angolano também afirmou que o nuclear «não está ainda nos planos para a matriz energética de Angola».
«Não adianta comprar um Rolls Royce se não soubermos operá-lo», disse o ministro, admitindo, contudo, que há um défice de energia eléctrica em Angola.
Segundo o responsável, a aposta do país passa sobretudo por projectos hídricos e de aproveitamento de gás natural.
Angola tem em curso um projecto de construção de um terminal de gás natural liquefeito avaliado em oito mil milhões de dólares, com vista ao aproveitamento deste recurso que é abundante no país.
«As energias renováveis de que Portugal é um bom exemplo também deverão ser introduzidas em Angola».
Por ricardo.d.lopes@sol.pt
FOnte:Sapo.pt

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