O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) trabalha com a expectativa de liberar R$4,5 bilhões para projetos de geração de energia alternativa em 2012. O número é expressivamente maior que os desembolsos feitos pelo banco para o setor em 2010 e 2011, quando os valores ficaram em, respectivamente, R$ 1,3 e R$ 3,3 bilhões.
"Isso também é um pouco difícil de precisar, uma vez que as liberações dependem do andamento dos projetos. Às vezes, o cronograma atrasa e a gente não libera o recurso. Portanto, se os prazos não forem cumpridos o banco pode liberar menos", diz o chefe do departamento de energias alternativas do BNDES, Antonio Carlos Tovar. A área do executivo no banco cuida de fontes como eólica, biomassa e PCHs.
O BNDES trabalha com um cenário de liberar R$ 118 bilhões para o setor de eletricidade até 2014, isso já contabilizando os valores de 2011. Para fins comparativos, entre 2006 e 2009 esse montante foi de R$ 91 bilhões. Segundo Tovar, as hidrelétricas devem receber a maior parte do dinheiro, puxadas principalmente por Belo Monte (11.233MW), em construção no Pará. "As liberações para UHEs devem aumentar entre 15 e 20% neste ano em relação ao montante desembolsado no ano passado", calcula Tovar.
Durante sua apresentação, o executivo do banco destacou ainda a baixa taxa de inadimplência por parte dos investidores e "o indiscutível sucesso dos projetos eólicos no Nordeste do País".
O ano do sol
O BNDES acredita que este ano será um divisor de águas para energia solar. Tovar garante que o banco tem linhas de financiamento para esse tipo de fonte, que terá as mesmas condições oferecidas para eólicas e pequenas centrais hidrelétricas, com prazo de amortização variando entre 10 e 16 anos. "O BNDES tem total interesse em financiar a energia solar e vamos começar a estudar essa possibilidade”, diz. "Contudo, ainda não temos uma visão de como o BNDES vai participar desse mercado."
Para ele, é importante que haja um leilão exclusivo para viabilizar a indústria solar. Ele conta que há empresas interessas em investir nessa fonte, mas que, no entanto, "aguardam uma sinalização do governo".
Fonte: Jornal da Energia 15/02
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