Rio Grande do Sul receberá nova fábrica eólica da argentina Impsa

No último leilão de energia A-5, a argentina Impsa conseguiu negociar contratos de fornecimento para parques eólicos suficientes para garantir uma nova fábrica no País. A companhia escolheu como sede para a planta o Rio Grande do Sul e a estimativa é de que a unidade inicie a operação já em 2013. O vice-presidente da companhia, Jose Luis Menghini, disse que a planta tem assegurados acordos que garantirão operação a plena capacidade por “dois ou três anos”. O empreendimento terá capacidade para produzir até 140 aerogeradores por ano.
O executivo preferiu ainda não falar sobre a localização exata da fábrica, mas comentou que, como as vendas foram feitas em um A-5, a empresa tem “um pouquinho de tempo” para se estabelecer. Isso porque as usinas que venceram o leilão têm cinco anos para começar a gerar energia. “Estamos pedindo orçamentos na região”, esclareceu.
Questionado sobre os preços da energia dos ventos no País, Menghini comentou que o atual patamar, na casa dos R$100 por MWh, “é a realidade do mercado” e que é preciso se adaptar sempre. “De qualquer maneira, achamos que esse valor está no limite. Não apenas pelas circunstâncias tecnológicas, mas também pelas globais”.
Além de atuar com força no mercado brasileiro, a empresa tem um parque consolidado na Argentina e fechou contratos para vender máquinas à Venezuela e ao Uruguai, que recentemente realizou um leilão eólico com preços próximos aos das licitações brasileiras. De acordo com Menghini, 65MW em turbinas serão fabricadas aqui para envio aos projetos uruguaios.
A Impsa conta com uma fábrica em operação em Pernambuco, com capacidade para cerca de 400 máquinas anuais. Atualmente, a empresa tem 530MW em turbinas instaladas no Ceará e em Santa Catarina. E, nos leilões do ano passado, a companhia revela ter assegurado a venda de 923MW em equipamentos, que entrarão em operação até 2014.
A companhia também deve começar ainda neste ano a instalação de uma terceira fábrica no País, dedicada à eletrônica de potência. Com investimentos de R$30 milhões, o empreendimento ficará encarregado de dispositivos de processamento, conversão e controle de geradores. O local da planta, porém, ainda não foi definido.
Fonte: Jornal da Energia 08/02