O banco de desenvolvimento alemão KFW Bankengruppe, instituição de fomento governamental, vê a possibilidade de financiar projetos de aeroportos solares no Brasil. “A Cemig tem um estudo para o aeroporto de Confins. Além disso, estudamos outros dois projetos no país”, revelou Karim Ould Chih, gerente principal de projetos de energia e desenvolvimento econômico do KFW Bankengruppe, após participar do Solar Summit, nesta quinta-feira (18/10).
Ele contou que o KFW chegou a se reunir com a Infraero com o objetivo de dialogar sobre o assunto. “Nos aeroportos temos a possibilidade de instalar usinas em áreas como os estacionamentos, assim podemos dar visibilidade aos projetos solares”, disse ao acrescentar que em iniciativas selecionadas, o banco também poderia atuar por meio de cooperação técnica. O Instituto Ideal também tem participado na difusão da ideia do aeroportos solares.
Na média, para um projeto de usina solar de 1MW, os alemães poderiam financiar cerca de R$ 8 milhões, conforme exemplificou Chih. A ideia do KFW é participar do processo de expansão dos projetos de energia renovável no Brasil, especialmente no setor de solar, atualmente a especialidade germânica em termos de geração.
O banco alemão mantém um perfil de financiar apenas empresas públicas, porém, a intermediação via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) possibilitaria também o fomento a projetos privados. No Brasil, o cálculo é de que a instituição já some 990 milhões de euros comprometidos em projetos e outros 41 milhões de euros a serem aplicados em cooperações técnicas.
Por aqui, o KFW já participou de projetos junto a parceiros como Cemig, Eletrobras, Light e Chesf, mas devem surgir novos nomes na lista nos próximos meses. Um dos projetos que a instituição prevê assinar um contrato de financiamento é o Mineirão Solar, o que deve acontecer no próximo mês.
Para se ter uma ideia, somente no ano passado, o banco germânico aportou cerca de 4,5 bilhões de euros em projetos fotovoltaicos e mais 1,4 bilhão de euros no setor eólico.
Fonte: Jornal da Energia 18/10
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