segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Coordenador do INPE questiona antigo Atlas Eólico e promete um bem melhor em 2013

A atualização do atlas eólico brasileiro já está no forno e deve ser publicado até meados de 2013. Segundo Osvaldo Morares, coordenador do Centro de Previsões de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o novo altas terá informações mais consistente do que o antigo.
"O Altas Eólico Brasileiro anterior foi baseado em modelos meteorológicos desatualizados e sem observações para calibrá-los", criticou Moraes. O novo atlas, porém, contará com "modelos matemáticos mais aperfeiçoados, que estão no estado da arte".
"A gente tem uma rede de observações de superfície razoável, que vai poder validar os resultados das simulações", garantiu Moraes, que falou com o Jornal da Energia nesta quarta-feira (7/11), após participar do evento “Cenários para os Preços da Energia no Brasil 2013/2015”, realizado pelo HIRIA, em São Paulo. "Faremos uma rodada retrospectiva, a partir de 1971. Assim, teremos uma climatologia de vento de 40 anos", completou.
De acordo com o coordenados do INPE, doze pessoas estão se dedicando exclusivamente para elaborar o documento. "E estamos colocando gente adicional para fazer esse trabalho."
O novo altas contará com medições de vento a 50 metros, 100 metros e 150 metros. O Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel), órgão ligado à Eletrobras, é o responsável pela elaboração do altas, junto com o INPE.
“Uma das nossas atribuições é rodar modelos meteorológicos, climatologicamente falando”, explicou Moraes. “Não apenas faremos previsões de como vai ser o vento amanhã. Pegaremos a climatologia do vento e rodo nos modelos matemáticos que eu tenho hoje, que naturalmente que são bem melhores do que os que existiam há 20, 30 anos", observou.
A atualização do Atlas Eólico é esperada há anos, uma vez que o anterior, publicado em 2001, contava com medições a 50 metros de altura e apontava para um potencial de 143 mil MW no País. Espera-se que o novo documento apresente pelo menos o dobro do anterior, indicando, inclusive, os melhores lugares para se instalar os parques.
Fonte: Jornal da Energia 8/11

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