terça-feira, 17 de junho de 2008

Dispersão das renováveis é uma "boa alternativa" de financiamento

Os mercados de capitais têm assistido, nos últimos tempos, à entrada de empresas de energias renováveis, negócios esses que são dispersos por parte das “utilities”. O exemplo mais recente é o da EDP que colocou a Renováveis em bolsa, uma medida que a Fitch considera positiva, na medida em que esta surge como uma “boa alternativa” de financiamento para as eléctricas.
Os mercados de capitais têm assistido, nos últimos tempos, à entrada de empresas de energias renováveis, negócios esses que são dispersos por parte das “utilities”. O exemplo mais recente é o da EDP que colocou a Renováveis em bolsa, uma medida que a Fitch considera positiva, na medida em que esta surge como uma “boa alternativa” de financiamento para as eléctricas.
“As ofertas públicas iniciais (IPO) das empresas de energias renováveis permitiram às eléctricas fortalecer os seus perfis financeiros e obter alternativas de financiamento para futuros investimentos”, salienta a agência de notação de risco, a FitchRatings, numa nota a que o Jornal de Negócios Online teve acesso.
Para a Fitch, “os IPO dificilmente terão um impacto positivo nos ‘ratings’ das ‘utilities’. No entanto, têm contribuído para uma maior transparência dos negócios das energias renováveis e também para um melhor posicionamento dos ‘ratings’ das companhias, nas suas respectivas categorias, suportado pelas melhorias nos perfis de dívida e liquidez”.
Tendencialmente estas operações são “benéficas para o perfil de crédito das empresas”, salienta a agência que, no entanto, lembra que os fundos obtidos com a dispersão dos negócios das energias renováveis são utilizados para desenvolver a “capacidade de geração de energia cujos custos têm disparado”. Persistindo os elevados custos, “a prazo o efeito do IPO nos níveis da dívida deverá ser limitado”.
Ainda assim, a Fitch afirma que “há margem para novos IPO de empresas de energias renováveis”, depois da dispersão da Renováveis da EDP, que se seguiu ao IPO da Ibedrola Renovables e da francesa EDF Energies Noubelles, este último em Novembro de 2006.
A agência justifica a sua visão com o “forte apetite dos investidores por activos renováveis e a necessidade de fundos destas empresas para financiar o aumento da capacidade de geração de energia, particularmente numa altura em que as condições dos mercados de dívida continuam voláteis”.
(FONTE: JORNAL DE NEGÓCIOS PORTUGAL)

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