terça-feira, 17 de junho de 2008

População carente economizará energia com geladeira ecológica

A população carente dos estados da Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte vão poder adquirir novas geladeiras no projeto Nova Geladeira. O projeto, que prevê a venda subsidiada de refrigeradores econômicos para clientes de comunidades populares, foi lançado, nesta segunda-feira (16), em Brasília, pelo Banco do Brasil e as distribuidoras de energia dos três estados nordestinos que serão os primeiros beneficiários do programa. O projeto faz parte do Programa de Eficiência Energética da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) que visa reduzir o consumo de energia.
Na venda das novas geladeiras, os clientes pagarão 40% do valor do eletrodoméstico e poderão financiá-lo em até 24 meses. Os 60% restantes serão assumidos pelas distribuidoras de energia elétrica. Os recursos serão garantidos pelo Fundo de Eficiência Energética, que obriga as empresas distribuidoras de energia a destinarem 0,5% de suas receitas à ações voltadas para o uso eficiente da energia elétrica.
A escolha das famílias que receberão a geladeira nova será feita por meio de sorteio entre aquelas que estiverem cadastradas no Bolsa Família.
Em Salvador, a previsão é de que dez mil famílias de baixa renda serão beneficiadas com o programa. Dados da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) revelam que na Bahia a troca da geladeira velha deve representar uma economia de R$10 na conta de luz da família. A Companhia de Eletricidade de Pernambuco (Celpe) pretende substituir 1.200 geladeiras.
As novas geladeiras funcionam com hidrocarboneto (HC) como fluido refrigerante, que não agride a camada de ozônio. As geladeiras antigas consomem 50% mais de energia e são responsáveis por 27% do consumo de eletricidade pelas famílias de baixa renda.

Regeneração

O CFC – gás de geladeira - contido nos equipamentos antigos será recolhido e enviado para uma empresa em São Paulo, que ficará responsável por realizar a regeneração do fluido. O produto, depois de retiradas as impurezas, será destinado ao segmento de manutenção de aparelhos velhos.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) estima que será possível regenerar duas toneladas do CFC. O governo deverá recolher ainda a espuma usada no isolamento térmico das geladeiras velhas, que também contém substâncias destruidoras da camada de ozônio.
O projeto está sendo enquadrado entre os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) estabelecidos no Protocolo de Quioto. Esses mecanismos permitem a redução das emissões de gás de efeito estufa de maneira economicamente viável e gera recursos para a empresa, como a Coelba e da Celpe, que reinvestirão os recursos na compra de mais refrigeradores eficientes.
(FONTE: www.vermelho.com.br)

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