domingo, 23 de maio de 2010

Eletrobras pode comprar eólicas e linhas de transmissão nos EUA

A meta da Eletrobras é que, em 2020, pelo menos 10% da receita da estatal seja proveniente de operações internacionais, informou nesta quarta-feira (19/05) o superintendente de operações no exterior da empresa, Sinval Gama. Segundo ele, a estatal está analisando projetos de transmissão e de usinas eólicas nos Estados Unidos.
De acordo com Sinval, os Estados Unidos devem investir US$60 bilhões na expansão das linhas de transmissão. A estratégia da Eletrobras para entrar no mercado e poder surfar nesta onda é comprar ativos em operação. "Como somos uma das maiores empresas de transmissão do mundo, queremos estar lá para que, quando começarem os leilões, possamos avaliar se temos competência para participar. Para isso, estamos olhando um pequeno empreendimento no país", disse Sinval Gama.
Ainda como parte do plano de internacionalização da companhia, a Eletrobras deve concluir até junho um estudo de viabilidade para a hidrelétrica binacional Brasil-Argentina. O projeto, conhecido como Garabi, tem capacidade estimada em 2.000MW e será construído em parceria com a estatal portenha Ebisa.
Além do empreendimento, a empresa brasileira espera iniciar no último trimestre deste ano a construção de uma hidrelétrica na Nicarágua, de 260MW, em parceria com a Queiroz Galvão e a estatal do país - um investimento de US$600 milhões. No Peru, a companhia está em fase de conclusão do inventário de duas hidrelétricas e ainda fazendo inventário hidrelétrico na Guiana. Na Colômbia, a estatal aguarda o resultado de um leilão, que deve sair em junho.}
O Brasil também está construindo, no Uruguai, uma linha de transmissão de 500 quilômetros, que vai interligar o sistema brasileiro ao sistema do país vizinho. “Hoje, as empresas têm 70% de suas receitas fora de seu país de origem, inclusive no Brasil. As dez maiores do mundo estão competindo comigo no Brasil. Vou continuar competindo com eles e procurar outros mercados”, explicou Sinval.
O superintendente afirmou, no entanto, que a Eletrobras não vai deixar de participar de nenhum empreendimento no Brasil. "Só vamos fazer no exterior quando a rentabilidade do empreendimento for superior à rentabilidade de um empreendimento brasileiro", garantiu, dizendo que o mercado brasileiro é um dos melhores do mundo.
Fonte: Jornal da Energia 20/5

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